Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE ESPACIAL DOS INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS E OPERACIONAIS DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE BELÉM DO PARÁ, ENTRE 2001 A 2020

Introdução

A Hanseníase é uma doença causada pelo Mycobacterium leprae, infectocontagiosa e caráter crônico, sendo uma das principais causas de incapacidades físicas. O agravo se mantém como problema de saúde pública no Norte do Brasil, que detém a segunda maior taxa de detecção no país. E, nesse sentido, o Pará assume a quarta posição da prevalência, sendo área endêmica da doença. Seus indicadores, preconizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), nos permitem entender a magnitude da doença e a qualidade dos serviços de saúde. E a análise espacial nos permite identificar o padrão de distribuição da hanseníase na região estudada.

Objetivo (s)

Objetivo: Analisar a tendência temporal e espacial dos indicadores da hanseníase, no município de Belém-PA, entre 2001 a 2020.

Material e Métodos

Estudo descritivo, com análise espacial da série temporal de indicadores epidemiológicos e operacionais da hanseníase. Os dados foram coletados a partir do SINAN, disponibilizados pela Secretaria de Estado de Saúde do Pará (SESPA), no período de 2001 a 2020. O Indicadores analisados foram: (1) coeficiente anual de detecção de casos novos, (2) coeficiente anual de detecção de casos novos em <15 anos, (3) proporção de casos com grau 2 de incapacidade física, (4) proporção de cura, (5) proporção de casos em abandono de tratamento entre os casos novos, e (6) proporção de casos novos com grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Para a análise espacial, foi utilizado o software QGIS versão 3.28.

Resultados e Conclusão

O coeficiente de detecção de casos novos evoluiu de “hiperendêmico” (2001 a 2006) para “médio” (2020). O coeficiente de detecção em <15 predominou como “hiperendêmico”. A proporção de casos novos com grau 2 de incapacidade física predominou com indicador “regular”, evoluindo para “bom” em 2019. A proporção de cura predominou com índice “regular” decaindo para “precário” em 2019. A proporção de abandono de tratamento apresentou predomínio do índice “bom” em toda a série. A taxa de grau de incapacidade física avaliado predominou com índice “regular”, evoluindo para “bom” em 2019. Pode-se concluir que, embora o município de Belém tenha apresentado bons parâmetros nos indicadores de qualidade de serviço de saúde, é um município que continua apresentando alta endemicidade para hanseníase, portanto essas altas taxas confirmam a necessidade de intensificar a busca ativa a fim de controle e monitoramento da vigilância epidemiológica.

Palavras Chave

Vigilância em Saúde Pública; Mycobacterium leprae; Indicadores em Saúde; análise espacial; Saúde Pública; epidemiologia.