Dados do Trabalho
Título
Análise da cobertura vacinal da Poliomielite no Brasil, na Região Norte e no Estado do Tocantins: risco real de retorno de uma doença já erradicada
Introdução
Introdução: Poliomielite ou paralisia infantil é uma doença infectocontagiosa causada pelo poliovírus dos sorotipos 1, 2 ou 3, pertencentes ao gênero Enterovírus. Apresenta alta infectividade, sua transmissão é fecal-oral ou por gotículas oral-oral. A infecção pode ser inaparente ou manifestar clinicamente como febre, mal-estar, cefaleia, distúrbios gastrointestinais e rigidez nucal, déficit motor e paralisia irreversível. Mesmo a vacinação sendo a forma efetiva de prevenção, a baixa cobertura vacinal nos últimos anos têm sido motivo de preocupação da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) deixando os países suscetíveis a emergência de novos casos.
Objetivo (s)
Objetivos: Analisar a cobertura vacinal (CV) da Poliomielite no período de 2018 a 2022 no Brasil (BR), Região Norte (RNO) e no Tocantins (TO).
Material e Métodos
Material e Métodos: Foram coletados dados de CV da Poliomielite (CID – A80) no BR, na RNO e no TO pelo banco de Dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS-TABNET) de 2018 a Em todo o pe2022. Além de documentos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e OPAS.
Resultados e Conclusão
Resultados: Em todo o período avaliado no BR, em nenhum ano a CV alcançou a meta de 95 % para a cobertura vacinal preconizada pela OMS e OPAS. A maior CV foi alcançada em 2018 com 89,54%, com reduções no anos seguintes. A média de CV no período avaliado, ficou em 79,79%, aproximadamente 10% abaixo da meta mundial. Na RNO, o cenário piora, a média de CV cai para 72,78%, destacando-se os estados de Rondônia com a maior CV (87,93%), e o Amapá com a menor média de CV, 56,6%, um valor 41% aquém da meta preconizada. Com relação ao estado do TO, a CV foi de 85,96%, ficando próxima a média nacional. As menores taxas de CV, considerando BR, RNO e TO; ocorreram nos anos de 2020 e 2021, voltando a atingir maiores coberturas em 2022. Conclusão: A queda na cobertura vacinal tem sido observada nos últimos anos, acentuando-se no período pandêmico de COVID. Mesmo sem registros de casos de poliomielite no Brasil desde 1989, ano oficial de erradicação, a cobertura vacinal vem apresentando resultados abaixo da meta de 95%, preconizada. Principalmente na região Norte do país com baixos índices de cobertura vacinal, além de fazer fronteira com os países da latino-americanos baixas taxas de cobertura vacinal, tais como: Argentina, Bolívia, Peru, Paraguai, Venezuela e Suriname. O que aumentam os riscos do retorno da doença, além da constante e crescente entrada de imigrantes desses países.
Palavras Chave
Poliomielite; Cobertura Vacinal; Vacinas contra Poliovírus; Erradicação de Doenças.
Área
Eixo 10 | 4.Outras viroses humanas e veterinárias - Outras
Prêmio Jovem Pesquisador
1.Concorrer na categoria - Graduado
Autores
Aldiro Pinheiro da Mota Júnior, Virgínia Oliveira Santos, Hidelberto Matos Silva, Analuisa Barros Angelopes Pereira, Bruna Caroline Cardoso Pinheiro, Bruna Helena da Silva Miranda, Isabela Pereira, Maria Eduarda Watanabe de Souza Dim, Blenda Amélia Pereira Machado, Irene Caroline Noleto Nestor, Gustavo Costa de Carvalho