Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE ESPACIAL DA HANSENÍASE NA MESORREGIÃO DO MARAJÓ, PARÁ, NO PERÍODO DE 2001 a 2020

Introdução

O Estado do Pará é um dos Estados que apresenta altas taxas de casos de hanseníase. O arquipélago do Marajó compões uma das regiões administrativas do estado, composta por 16 municípios, e apresenta um dos piores IDH do Estado, e possui elevada endemicidade para hanseníase. Por manter-se como um problema de saúde pública, faz-se necessário um estudo epidemiológico com a identificação de áreas, a partir de análise espacial, que necessitam de maior atenção de políticas públicas e assistência de saúde para o controle da doença.

Objetivo (s)

Analisar a tendência temporal e espacial dos indicadores da hanseníase na mesorregião do Marajó, no período de 2001 a 2020.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com análise espaço-temporal dos casos de hanseníase notificados na mesorregião do Marajó, no período estudado. Os dados foram obtidos por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizados pela Secretaria de Estado de Saúde do Pará (SESPA). A tabulação dos dados foi realizada no Microsoft Excel. Para a confecção dos mapas, foi utilizado o software QGIS versão 3.28.

Resultados e Conclusão

A mesorregião do Marajó registrou 2.906 casos notificados durante os 20 anos estudados. O coeficiente de detecção anual apresentou-se “hiperendêmico” somente no ano de 2003, seguindo 12 anos com classificação “muito alto” e “alto” em 2016 e 2020. O coeficiente de detecção em menores de 15 anos apresentou-se predominantemente “hiperendêmico”, tendo o parâmetro “alto” somente em 2020. Na proporção de casos novos com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico predominou o indicador “médio” em 12 dos 20 anos pesquisados. A proporção de cura apresentou evolução de “precário” para “bom”. A proporção de abandono teve indicador “bom” até 2018, e “regular” em 2019 e 2020. A proporção de casos com grau avaliado apresentou evolução de “precário” para “bom” durante a série temporal. Dessa forma, pode concluir-se que, ainda que os indicadores operacionais sugiram melhora nos serviços de saúde oferecidos, os indicadores epidemiológicos evidenciam que a hanseníase se mantém como um grave problema de saúde pública no Marajó e, portanto, é de suma importância a intensificação da vigilância epidemiológica, a fim de obter bons resultados de controle e monitoramento da hanseníase.

Palavras Chave

Hanseníase.; Epidemiologia; Vigilância em Saúde Pública; Mycobacterium leprae; indicadores; Saúde Pública.

Área

Eixo 13 | Tuberculose e outras Microbactérias humanas e veterinárias

Prêmio Jovem Pesquisador

4.Não desejo concorrer

Autores

Flávia Lethycia Baia da Fonseca, Samanta da Silva Costa Raminho, João Vitor Tavares Pamplona, Natália da Silva Silva, Emilly Gabriele Ribeiro Dias, Jessica Cristina Tapajos Vasques dos Santos, Michelle Ingrid Assis da Silva, Arnaldo Jorge Martins Filho