Dados do Trabalho


Título

Análise do perfil epidemiológico da Febre do chikungunya nos últimos 8 anos (2017 a 2024) no Brasil

Introdução

A febre do chikungunya é uma doença viral transmitida principalmente pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Clinicamente, manifesta-se por febre alta e artralgias intensas, que podem persistir por meses, resultando em incapacitação prolongada. A doença exerce um impacto substancial na qualidade de vida dos afetados, sendo especialmente perigosa para bebês menores de 1 ano e idosos, gerando repercussões duradouras na saúde pública.

Objetivo (s)

Realizar a análise do perfil epidemiológico da febre do chikungunya na população brasileira no período de 2017 ao primeiro semestre de 2024

Material e Métodos

A coleta de dados secundários foi realizada utilizando o repositório do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e o Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN). Em seguida, foi efetuada uma análise descritiva e qualitativa dessas informações

Resultados e Conclusão

Durante os 8 anos analisados, foram notificados 1.549.857 casos de Febre Chikungunya no Brasil. O maior número de casos foi registrado em 2022, com 81,43% (223.063 casos) na região nordeste, enquanto o menor registro foi em 2018, com 1,12% (1.342 casos), na região sul. A faixa etária mais acometida ao longo de todo o período foi de 20-39 anos, acumulando 541.372 (34,93%) casos diagnosticados, seguido de 40-50 (30,10%) e 15-19 (6,63%). O sexo feminino foi o mais acometido, resultando em 59,97% (929.460) dos casos. Em relação à escolaridade, o ensino médio completo liderou com 190.229 pacientes, seguido do da 5ª a 8ª série do ensino fundamental (81.469) e ensino médio incompleto (66.578). Os dados ressaltam a importância da vigilância contínua e da implementação de estratégias direcionadas para reduzir a incidência e o impacto da doença, especialmente na região nordeste, uma vez que, a alta incidência de casos no ano de 2022 podem indicar fatores ambientais favoráveis à propagação viral, como clima e densidade populacional. Para mais, a predominância de casos em adultos jovens, especialmente de 20 a 39 anos, pode estar relacionada a comportamentos de risco, como atividades ao ar livre ou exposição a mosquitos vetores. A maior frequência de casos entre mulheres pode ser atribuída à maior procura por cuidados de saúde. Ademais, a associação entre a incidência da doença e o nível de escolaridade pode ser influenciada por diversos fatores socioeconômicos, comportamentais e de acesso a informações. Em suma, esta análise de dados nos permite entender melhor os padrões de incidência da Febre Chikungunya no Brasil.

Palavras Chave

Epidemiologia; Chikungunya; Brasil

Área

Eixo 17 | 4.Vigilância em saúde - Outras

Prêmio Jovem Pesquisador

4.Não desejo concorrer

Autores

AMANDA ELISA COSTA SOUZA, PATRICIA YURI NOGAMI, ESTERFANE MONIQUE DE OLIVEIRA SANTOS, MAYARA NATÁLIA SANTANA , RICHARDSON FRANK SÁ LIMA, Ana Vitória de Paula Barros, ANA LOUISE BARROS DE MELO