Dados do Trabalho

Título

Excesso de risco de tuberculose durante e após o encarceramento no Paraguai: um estudo de coorte retrospectivo

Introdução

O aumento do risco de tuberculose (TB) entre pessoas privadas de liberdade (PPL) deve-se a factores individuais e institucionais. Seguimos uma coorte de PDL de 5 prisões no Paraguai para descrever o risco de TB durante o encarceramento e após serem libertados.

Objetivo (s)

Realizamos um estudo para estimar o risco de TB em uma coorte de PDL que foi registrada em um censo nacional da prisão a partir de 2013 e seguimos até 2021.

Material e Métodos

Vinculamos um censo nacional de prisões de 2013 aos registros de TB do Programa de TB de 2010 a 2021 para identificar notificações de TB entre indivíduos encarcerados e ex-encarcerados. Utilizamos modelos de regressão multivariada de Cox para quantificar o risco de TB durante e após o encarceramento e para identificar fatores de risco associados à TB.

Resultados e Conclusão

Entre 2.996 indivíduos encarcerados, 451 (15,1%) foram diagnosticados com TB. Destes, 262 (58,1%) casos ocorreram durante o encarceramento e 189 (41,9%) ocorreram na comunidade após a libertação. Na prisão, a taxa de risco de desenvolver TB foi de 1,97 (IC 95%: 1,52–2,61) após seis meses de encarceramento e aumentou para 2,78 (IC 95%: 1,82–4,24) após 36 meses em comparação com os primeiros seis meses. A taxa global de notificação de TB foi de 2.940 por 100.000 pessoas-ano. Esta taxa aumentou com a duração do encarceramento, de 1.335 por 100.000 pessoas-ano no primeiro ano para 8.455 por 100.000 pessoas-ano após 8 anos. Entre os ex-prisioneiros, a taxa de TB diminuiu de 1.717 no primeiro ano após a libertação para 593 por 100.000 pessoas-ano após 8 anos de acompanhamento.

Palavras Chave

Tuberculosis; transmisión; prison