Dados do Trabalho
Título
VIGILÂNCIA MOLECULAR DAS VARIANTES ASSOCIADAS À GLICOSE-6-FOSFATO-DESIDROGENASE EM UMA POPULAÇÃO DE GARIMPEIROS NO MUNICÍPIO DE OIAPOQUE, AMAPÁ.
Introdução
Em indivíduos com deficiência de G6PD, o uso de primaquina e tafenoquina no tratamento da malária por Plasmodium vivax pode gerar estresse oxidativo e, como consequência, anemia hemolítica aguda. Justificativa: Estudos sobre a frequência das mutações associadas à deficiência de G6PD em áreas de garimpo são escassos e essa informação é fundamental para orientar a prevenção aos riscos adversos no tratamento com antimaláricos.
Objetivo (s)
Investigar a frequência de variantes de G6PD clinicamente relevantes em uma população de garimpeiros no município de Oiapoque, Amapá, que trabalham de forma ilegal na Guiana Francesa.
Material e Métodos
Trata de um estudo seccional com a inclusão de 300 garimpeiros que trabalham em forma irregular nas minas da Guiana Francesa. Os indivíduos foram incluídos no estudo após concordância expressa via assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). O projeto foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética local sob nº 54888021.5.0000.5248. Foram coletados 5mL de sangue total em tubos Vacutainer® com etilenoaminotetracético (EDTA). A extração do DNA foi efetuada a partir de 200µl de sangue total, utilizando-se o kit comercial PureLinkTM Genomic DNA Mini Kit (Thermo Scientific), seguindo as recomendações do fabricante. As amostras de sangue periférico (SP) foram coletadas e analisadas por PCR-RFLP para determinar a frequência das três variantes de G6PD (A+376 A>G; A-202G>A e Mediterrâneo 563C>T. Os éxons 4, 5 e 6 do gene G6PD foram amplificados por reação em cadeia da polimerase (PCR), utilizando-se iniciadores apropriados. Os produtos amplificados foram digeridos com as enzimas de restrição NlaIII (para a variante G6PD Africana(A-) 202G>A), FokI (para a variante A+ 376 A>G) e a MboII (para a variante Mediterrânea 563 C>T) e submetidos à eletroforese em gel de agarose à 3%.
Resultados e Conclusão
De todos os 300 indivíduos estudados, apenas 4% tinham a mutação A>G no nucleotídeo 202, sendo 51 (17%) mulheres e 249 (83%) homens. Nenhum dos indivíduos exibiu a mutação Mediterrânea 563C>T. A investigação da frequência da mutação A+376 A>G está em andamento. Nossos resultados preliminares mostram que, até o momento, a variante Africana A- foi a mais frequente nos indivíduos analisados.Esses dados corroboram com outros estudos feitos na região Amazônica, identificando a variante Africana como sendo a mais prevalente.
Palavras Chave
G6PD; variante; polimorfismo; garimpo; antimaláricos; malária .
Área
Eixo 06 | 3.Protozooses humanas e veterinárias - Malária
Prêmio Jovem Pesquisador
2.Concorrer na categoria - Mestrado
Autores
Aldejane da Silva Domingos, Simone da Silva Santos, Martha Suárez Mutis