Dados do Trabalho
Título
BOAS PRÁTICAS DE COMBATE A SÍFILIS CONGÊNITA: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE SÍFILIS GESTACIONAL E SÍFILIS CONGÊNITA
Introdução
A sífilis congênita é considerada uma doença infectocontagiosa de grande relevância para a saúde pública no Brasil. Transmitida da mãe doente com sífilis não tratada ou tratada de forma não adequada para a criança durante a gestação (transmissão vertical). A sífilis congênita pode resultar em inúmeros desfechos desfavoráveis, tanto ao feto quanto à criança após o nascimento. As principais complicações da doença são: abortamento espontâneo, parto prematuro, malformação do feto, surdez, cegueira, alterações ósseas, deficiência mental e/ou morte ao nascer.
Objetivo (s)
Analisar a indecência de sífilis em gestantes e sífilis congênita notificados em um município no interior de Rondônia, no período de 2009 a 2023.
Material e Métodos
Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, ecológica e retrospectiva, com abordagem quantitativa, a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), das notificações de sífilis gestacional e sífilis congênita no período de 2009 a 2023 em Cacoal, Rondônia. Realizou-se análise estatística descritiva simples.
Resultados e Conclusão
No período estudado, verificaram-se 264 casos de sífilis gestacional notificados, a Me (média) de casos foi de 17,6 casos/ano. A Mo (mediana) dos casos detectados foram 49 casos no ano de 2022, correspondendo a 15,53% do total de casos. Ao analisar os casos de sífilis congênita, o total de casos foi de 20 durante a série histórica. A Me (média) de casos foi de 1,3 casos/ano. A Mo (mediana) dos casos detectados foi 4 casos no ano de 2009. Entre as variáveis analisadas, destaca-se que nos anos de 2022 e 2023 o município alcançou a marca de zero transmissão vertical da sífilis. Recebendo o selo Ouro de boas práticas de combate a sífilis, uma iniciativa da Coordenação Municipal de Vigilância em Saúde, através da criação de um comete de investigação da transmissão vertical de sífilis/HIV, Agência Estadual de Vigilância em Saúde (AGEVISA), Ministério da Saúde (MS) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Conclusão: A queda no número de casos de sífilis congênita e o aumento na detecção dos casos de sífilis gestacional refletem na melhoria do serviço de saúde e atenção ao pré-natal, representado um indicador de qualidade da atenção primaria (APS). Ações conjuntas da APS, vigilância em saúde e o atendimento especializado voltado para a saúde materno-infantil demonstram a consolidação das políticas de saúde pública dentro do SUS.
Palavras Chave
Sífilis Congênita; Saúde Pública; Epidemiologia
Área
Eixo 11 | 6.Outras infecções por bactérias, humanas e veterinárias - Outras
Prêmio Jovem Pesquisador
4.Não desejo concorrer
Autores
Jessíca Reco Cruz, SUAYNE DA COSTA OLIVEIRA, EMILLY MARINA MARTINS DE OLIVEIRA, IVANI CLAUDETE GROMANN, Ronald Pinto Costa, Atainá Tenório Volkweis, Alex Neri Mazioli, Elizângela de Souza Alves, DAISY BRUNA FREITAS SANTANA, WUELISON LELIS DE OLIVEIRA