Dados do Trabalho


Título

Adesão ao tratamento da tuberculose: desafios entre os indivíduos alcoolistas e tabagistas

Introdução

A tuberculose (TB) persiste como um desafio global de saúde pública, afetando principalmente as populações vulneráveis, como alcoolistas e tabagistas, cujos riscos são agravados devido à sua imunossupressão e comportamentos que impactam à adesão ao tratamento, exacerbando a disseminação da doença e os desafios de gestão.

Objetivo (s)

Analisar os desafios na adesão ao tratamento da TB entre os indivíduos alcoolistas e tabagistas em Porto Velho-RO.

Material e Métodos

Estudo analítico, do tipo transversal e abordagem quantitativa, realizado a partir dos registros dos casos diagnosticados e notificados com TB no SINAN no município, no período de 2015 a 2022, confirmados quanto a presença do alcoolismo ou tabagismo e que não apresentavam como desfecho da TB a mudança de diagnóstico ou estava em branco. Os dados sociodemográficos, clínicos e de acompanhamento foram coletados e analisados por meio de estatística descritiva e valor de p, com nível de significância de 5%, após atendidos os preceitos éticos (parecer nº 6.652.601).

Resultados e Conclusão

Foram selecionados 289 alcoolistas e 434 tabagistas, com média de idade de 38 anos (dp=±13,77), verificou-se diferença estatisticamente significativa para a raça/cor ignorada/em branco, ensino fundamental completo e escolaridade ignorada/em branco, presença de aids e ignorado/em branco, desconhecimento quanto a presença (ou não) de outras doenças e agravos associados, forma clínica extrapulmonar e mista, reingresso após abandono, notificação e tratamento na atenção secundária, atenção terciária e complexo penitenciário, além dos exames diagnósticos no que diz respeito a baciloscopia de escarro negativa, radiografia de tórax não realizada, cultura de escarro em andamento/não realizada, TMR-TB não realizado ou não detectável, bem como HIV em andamento/não realizado ou positivo, baciloscopia de escarro de controle mensal no primeiro mês não realizada e em branco, não se aplica e em branco do quarto ao sexto mês, e para a situação de encerramento para transferência e mudança de esquema. Os resultados demonstram as diferenças entre alcoolistas e tabagistas em relação às variáveis que refletem os aspectos sociodemográficos, clínicos e de acompanhamento dos casos de TB, os quais se caracterizam como essenciais para a interrupção da cadeia de transmissão e controle da doença. Torna-se fundamental, ainda, repensar as ações de educação em saúde para sensibilização, além de capacitar os profissionais, visando o manejo adequado na oferta do cuidado.

Palavras Chave

Tuberculose; Alcoólicos; Fumantes; Cooperação e Adesão ao Tratamento; Adesão à Medicação; Resultado do Tratamento

Área

Eixo 13 | Tuberculose e outras Microbactérias humanas e veterinárias

Autores

Denise Taquini, Rebeca Sousa Braga, Mariana Borges Rodrigues Félix, Suyane Reis Nogueira, Sônia Maria Dias de Lima, Nathalia Halax Orfão