Dados do Trabalho


Título

IMPLANTAÇÃO DA VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA DA DOENÇA DE CHAGAS VIA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA, REGIÃO DE SAÚDE DE GUANAMBI, BAHIA, BRASIL.

Introdução

A doença de Chagas é responsável por elevada morbimortalidade na Bahia. Na Região de Saúde de Guanambi, composta por 23 municípios, a descontinuidade das ações de controle vetorial contribui como fator agravante. Assim, se faz necessário o fortalecimento da Vigilância de humanos e vetores para identificar oportunamente territórios vulneráveis ao agravo. Nesse contexto, integração da Vigilância Epidemiológica e Atenção Primária, através da implantação dos Pontos de informação de triatomíneos (PIT’S) via Equipes de Saúde da Família (ESF) é uma importante estratégia.

Objetivo (s)

Descrever estratégias de fortalecimento das ações de controle da doença de Chagas nos municípios da Região de Saúde (RS) de Guanambi, através da implantação da vigilância entomológica de triatomíneos via territorialização na Estratégia de Saúde da Família.

Material e Métodos

No ano de 2012, apenas 13% municípios da RS Guanambi executaram ações de vigilância para triatomíneos caindo para a 0% (zero) durante a Pandemia de COVID 19, em 2020. A equipe técnica da Regional de Saúde de Guanambi empreendeu esforços para elaborar propostas junto aos municípios, no sentido de implantar a vigilância passiva através dos PIT’S por território de Saúde da Família. Nessa vigilância, a detecção dos triatomíneos acontece com a participação da população, que leva insetos suspeitos aos PIT'S. Assm, foram executadas duas etapas de capacitações para as ESF, uma em 2021 para Coordenações Municipais com a apresentação do passo a passo para implantação da proposta, e a segunda em 2022, nos municípios com as ESF e agentes de endemias.

Resultados e Conclusão

No período de 2021 a 2023, 17 municípios (74%) implantaram a vigilância passiva via ESF, ampliando a cobertura de PIT'S em USF, de 0 em 2021, para 73 em 2022 e 117, em 2023. Além disso, 20 municípios (87%) passaram a analisar conteúdo abdominal de triatomíneos e 17 (74%) a realizar a classificar as espécies. Também houve a ampliação na cobertura das ações para controle vetorial via vigilância ativa (pesquisa programada), passando de 3 municípios em 2022 (13%), para 7 municípios (30%) em 2023. Observou-se aumento gradativo no número de triatomíneos analisados (TA) e unidades domiciliares pesquisadas (UDP) via vigilância passiva entre 2021 (TA 0; UDP 0), 2022 (TA 1.001:UDP 766) e 2023 (TA 1.924; UDP 1463). A RS poissui hoje mais de 80% do seu território com vigilância de triatomíneos em funcionamento, 74% via ESF com ampliação da cobertura do controle vetorial e integração para assistência e enfrentamento da doença de Chagas.

Palavras Chave

fortalecimento; estratégia; território; oportunidade

Área

Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores

Autores

Luciene Luciene Miranda, Ana Paula Lima Pinto, Cristiane Medeiros Moraes de Carvalho, Gilmar Ribeiro‑Jr