Dados do Trabalho
Título
Organização e potência da vigilância em saúde frente aos agravos reemergentes.
Objetivos(s)
Pontuar a organização da vigilância em saúde (VS) na resposta aos agravos reemergentes e efeitos do plano de contingência.
Relato do Caso
A reforma sanitária delineou a assunção da VS como ferramenta potente na interlocução da identificação de riscos e cuidado à saúde. A antropia nos territórios baianos junto ao comportamento enraizado no capitalismo do século XXI é um fator condicionante de risco na reemergência de agravos. O olhar e atuação da VS no cenário reemergente na Região Extremo Sul da Bahia é importante, mesmo com pesquisas escassas correlacionando as temáticas, haja vista a complexidade tecno-científica empregada para além do engajamento trans e intersetoriais no processo de planejamento, reordenamento e intervenção capaz de melhorar o cenário sanitário-epidemiológico. O relato de caso, descritivo, qualiquantitativo foi desenvolvido no setor de VS baiano, no Núcleo Regional de Saúde do Extremo Sul (NRS) Teixeira de Freitas, com responsabilidade sanitária em 13 municípios. A revisão bibliográfica sobre a temática nas plataformas SCIELO e LICAC’S identificou 24 artigos no total. Dados secundários do TABNET SIA-SUS e SINAM, de maio de 2022 a maio de 2024, forneceram série histórica dos agravos reemergentes. No recorte temporal a VS do NRS, enfrentou cenários de reemergência de varicela, arboviroses, doença diarreica (não cólera). Associado às reemergentes ocorreram desastres naturais (enchentes/alagamentos e seca) demandando organização emergencial da rede loco regional potencializando as bases epistemológicas da VS. Dos 13 municípios da macrorregião, 100% não possuem plano de contingência de enfrentamento de doenças reemergentes, 4,4% possuem equipe completa e buscam realizar um trabalho de VS integrado, o que segue sendo desafio para o Sistema de Saúde. Cada um em sua governança se organiza de forma diversa na rede e as respostas às reemergência não são alicerçadas em planejamento integrado à planos de contingência dinâmicos e efetivos em 75% dos locais.
Conclusão
Os relatórios de saúde da SESAB, CIES extremo Sul e sistemas de informação apontam falência das estratégias utilizadas de monitoramento, controle e combate às doenças reemergentes em alguns territórios. Municípios com planos de contingência apresentaram maior rapidez na e redução da incidência populacional. Nesse contexto, desenhar um modelo de plano diretivo e apresentá-lo como norteador as equipes de Vigilância em saúde que ainda não elaboraram pode ser o caminho para potencializar o setor e prevenir riscos.
Área
Eixo 17 | 4.Vigilância em saúde - Outras
Autores
Renata Assis Nunes Benevides, Karine Lins Hora Carvalho, Rosimeire da Silva Bacelar, Betânia dos Santos Souza Batista, Anastácia Lourdes de Santana, Patrícia Santos de Carvalho Marinho, Marcos Breno Almeida dos Santos, Juliana Cruz Barreto, Larissa Rodrigues Mendonça, Anna Maria Benevides Campos, Marluce Santos de Alípio Rodrigues