Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE DA SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA DENGUE, REGIÃO DE JUAZEIRO, BAHIA, 2022 a 2023.

Introdução

A dengue é uma doença viral aguda transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, comum em regiões tropicais e subtropicais, com altas taxas de morbimortalidade¹. A transmissão ocorre pela picada da fêmea infectada e pode envolver até quatro sorotipos do vírus (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4)³. A dengue é uma doença de notificação compulsória e devido ao seu potencial de propagação², requer vigilância e controle efetivos. 

Objetivo (s)

Este estudo visa analisar o perfil epidemiológico da dengue na região de saúde de Juazeiro, na Bahia. 

Material e Métodos

Os dados foram coletados no sistema de notificação SINAN, abrangendo casos prováveis de dengue por município de residência entre 2022 e 2023. A análise foi realizada com os softwares Tabwin32 e Excel 2016, calculando o coeficiente de incidência com base na população estimada pelo IBGE.

Resultados e Conclusão

Em 2022, a região de Juazeiro-BA registrou um maior número de casos confirmados de dengue, com 76% dos casos em comparação a 2023. O índice de incidência foi de 753,74 casos/100.000 habitantes em 2022 e 232,75 casos/100.000 habitantes em 2023. O diagrama de controle mostrou a distribuição semanal da incidência da doença, destacando um pico na semana 12 de 2022 (IC de 29,11) e na semana 31 de 2023 (IC de 6,15). A faixa etária mais afetada foi de 20 a 29 anos, com 18,9% em 2022 e 21,9% em 2023. A distribuição por sexo revelou predominância feminina, com 58,5% dos casos. Embora tenha havido um declínio no coeficiente de incidência nos dois anos analisados, a persistência da dengue na região de Juazeiro ainda configura um estado epidêmico. É crucial fortalecer a vigilância epidemiológica para implementar atividades de controle e monitoramento da dengue e outras arboviroses. A detecção precoce da circulação viral e a adoção de medidas adequadas são essenciais para interromper a cadeia de transmissão, além de reforçar os sistemas de informação com profissionais capacitados.

Palavras Chave

dengue; coeficiente; Aedes aegypti