Dados do Trabalho


Título

Prevalência de helmintíases intestinais em crianças e pré-adolescentes em um município do Arquipélago de Marajó, Pará, Brasil

Introdução

<p>As helmintíases intestinais constituem grupos importantes de infecções humanas.</p>

Objetivo (s)

<p>Portanto, o trabalho objetivou verificar a prevalência de helmintos intestinais em crianças e pré-adolescentes (0 a 14 anos).</p>

Material e Métodos

<p>O estudo foi desenvolvido no Igarapé Santa Cruz, localizado em área periférica da sede do município de Breves-PA e consistiu em coleta de amostras fecais de 250 crianças (115 meninos e 135 meninas) para o diagnóstico das helmintíases intestinais. Os pais ou responsáveis das crianças receberam orientações e materiais apropriados para coleta de fezes. As amostras fecais foram acondicionadas em caixa térmica de poliestireno e encaminhadas ao Laboratório Parasitológico do Centro Saúde Escola do Marco da Universidade do Estado do Pará (UEPA). O Exame Parasitológico de Fezes contemplou os métodos Direto e Sedimentação Espontânea. Todos os dados obtidos foram compilados e analisados em planilhas do programa Microsoft Excel 2016, além de serem analisados estatisticamente pelo teste ANOVA, utilizando o software Bioestat 5.3. O estudo teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado do Pará (UEPA) – Campus XII – Tapajós, CAAE 63809516.9.0000.5168 e parecer nº 1.956.233.&nbsp;</p>

Resultados e Conclusão

<p>A pesquisa detectou prevalência de 70,8% (n=177) de casos positivos para ao menos uma espécie de helminto, e destes, 55,37% (n = 98) estavam positivos para monoparasitismo; 42,38% (n=75) para biparasitismo, sendo a associação helmíntica mais comum foi entre&nbsp;Trichuris trichiura&nbsp;e&nbsp;Ascaris lumbricoides&nbsp;com frequência de 88,6% (n=70); e 2,25% (n=4) para poliparasitismo. A infectividade entre os meninos foi de 68,69% (n=79) e de 72,59% (n=98) para meninas. A espécie predominante foi&nbsp;T. trichiura&nbsp;(88,7%), com diferença significativa na comparação entre as espécies helmínticas (p &lt; 0,05), na sequência&nbsp;A. lumbricoides&nbsp;(52,54%),&nbsp;Ancylostoma&nbsp;sp (3,39%),&nbsp;Enterobius vermiculares&nbsp;(1,69%) e&nbsp;Strongyloides stercoralis&nbsp;(1,12%). As faixas etárias de maior prevalência foram de 3 a 5 com 25,42% (n=45), 6 a 8 com 23,72% (n=42) e 12 a 14 com 21,47% (n=38), seguidos pela faixa etária de 9 a 11 e 0 a 2, respectivamente, com 18,65% (n=33) e 10,74% (n=19). Ressalta-se que as comparações da distribuição de espécies por faixas etárias não apresentaram diferença significante (p &gt; 0,05). Conclui-se que a alta prevalência de helmintos&nbsp;observada é decorrente de fatores socioeconômicos, da ausência de infraestrutura sanitária adequada e de maus hábitos por parte dos familiares.</p>

Palavras Chave

Ocorrência de helmintos; Saúde Pública; Infraestrutura sanitária

Área

Eixo 07 | 5.Helmintíases humanas e veterinárias - Parasitoses intestinais

Autores

JOÃO RAIMUNDO ALVES MARQUES, Ana Lúcia Nunes Gutjahr, Carlos Elias de Souza Braga