Dados do Trabalho
Título
SAÚDE ÚNICA NO CONTEXTO EPIDEMIOLÓGICO DA SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE POR INFLUENZA NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: ESTUDO DESCRITIVO DOS CASOS
Introdução
Nas últimas décadas, o mundo vem enfrentando epidemias, sendo estas causadas também pelo vírus da Influenza, principalmente os gêneros A e B. No Brasil, poucos estudos demonstram a relação sazonal para transmissão de influenza, o que muito provavelmente é justificado pela baixa quantidade de dados disponíveis. Dessa forma, para maior compreensão e medidas acerca do vírus da influenza, ações de vigilância e notificações fidedignas são de alta relevância.
Objetivo (s)
Traçar o perfil epidemiológico dos casos de influenza notificados no estado de Mato Grosso do Sul, no período de 2019 a 2023.
Material e Métodos
Estudo epidemiológico retrospectivo, transversal, quantitativo, com dados secundários coletados e codificados do SIVEP Gripe. O perfil epidemiológico dos casos de influenza foi determinado por meio da análise dos seguintes fatores: Número de casos notificados (Número de notificações); Caracterização dos indivíduos notificados (Faixa etária; Escolaridade; Raça; Sexo); Caracterização geográfica (Mesorregião de residência; Zona de residência); e Evolução e taxa de letalidade (Classificação final do caso; Critério de confirmação; Evolução final do caso).
Resultados e Conclusão
O estado registrou 72.559 casos de SRAG no período, e destes 1.778 foram provocados pelo vírus da influenza. Dentre os acometidos, destacou-se indivíduos da raça parda, faixa etária acima de 60 anos e de 0 a 9 anos, e do sexo feminino. O gênero Influenza A compreendeu 86,6% dos casos de SRAG, com predominância do subtipo H3N2 (50,4%). Ocorreram 269 óbitos, perfazendo uma taxa de letalidade de 15,3%. Conclui-se que a SRAG por influenza apresentou alta taxa de letalidade e vale ressaltar que o aumento de casos de influenza pode ser mitigado por meio de medidas que abordam não apenas a saúde humana, mas também a saúde ambiental e animal, uma vez que este vírus pode ser transmitido entre espécies e sua propagação é influenciada por condições ambientais. A implementação de vacinas anuais contra a influenza, o monitoramento da saúde animal e a promoção de práticas de higiene e saneamento adequadas são essenciais para reduzir a incidência de SRAG por influenza. Essas medidas não apenas protegem indivíduos de infecções graves, mas também ajudam a prevenir o surgimento e a disseminação de novos vírus, promovendo um ambiente mais saudável.
Palavras Chave
Saúde Pública; SRAG; Vigilância em saúde
Área
Eixo 17 | 1.Vigilância em saúde - Emergências em Saúde Pública
Autores
Maressa Maziero de Carvalho, Gilvan Caetano dos Santos Júnior, Yasmim Sá de Melo, Amanda Gonçalves Pessuto Cândido, Livia de Mello Almeida Maziero, Karine Ferreira Barbosa, Danielle Ahad das Neves, Larissa Domingues Castilho de Arruda, Crhistinne Cavalheiro Maymone Gonçalves, Danila Fernanda Rodrigues Frias