Dados do Trabalho

Título

AMPLIAÇÃO DA APLICAÇÃO DO PALIVIZUMABE NO MUNICÍPIO DE ARIQUEMES/RO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Objetivos(s)

Ampliar o acesso ao palivizumabe em Ariquemes e região, para redução da morbidade e de internações hospitalares em crianças.

Relato do Caso

O palivizumabe é um anticorpo monoclonal, eficaz na prevenção de doenças graves causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório – VSR. Indicado para crianças prematuras até 28 semanas gestacionais, no primeiro ano de vida, e em crianças com displasia broncopulmonar ou cardiopatia congênita, até o segundo ano de vida. Em Rondônia, o palivizumabe é aplicado no período de maior sazonalidade do vírus (janeiro a junho). Desde o ano de 2016, o município de Ariquemes oferta esse anticorpo, porém, embora disponível, havia baixa aplicação. Em contrapartida, o número de internações de crianças por doenças respiratórias era alto e a taxa de mortalidade infantil no município, em 2022 foi de 21,06%, que indicava a necessidade de estratégias de impacto, sendo uma delas a ampliação da aplicação do palivizumabe. Para ampliar o conhecimento dos profissionais de saúde sobre o protocolo do palivizumabe, foi  elaborado nota informativa, fluxogramas de atendimento e treinamentos aos profissionais de saúde. Como o município é polo de aplicação para a Região do Vale do Jamari, todo o material elaborado foi distribuído e discutido com as equipes da região, reforçando os critérios de atendimento para evitar inconformidades nas solicitações. Foi nomeado um médico pediatra autorizador para validação de cada processo.

Conclusão

A partir da divulgação do protocolo do palivizumabe ocorreu um alinhamento das prescrições, com menor número de solicitações fora dos critérios. Também ocorreu incremento do número de crianças atendidas, passando de três, em 2016, para 25 em 2023. Entre os 19 pais entrevistados, cujo os filhos receberam palivizumabe no ano de 2023, apenas quatro relataram que seu filho teve uma internação no último ano, os demais negaram internações e afirmaram redução de quadros respiratórios. Não foi registrado nenhum óbito entre as crianças que receberam a imunoglobulina no período avaliado. Houve importante ampliação e qualificação dos atendimentos, que refletiram na redução de internações e da morbimortalidade infantil no município.