Dados do Trabalho


Título

CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL, MACRORREGIÃO NORTE, BAHIA, 2018-2022

Introdução

A Leishmaniose Visceral (LV) é uma patologia crônica grave que, caso não tenha um tratamento adequado, pode chegar a 90% em letalidade¹. Historicamente considerada uma doença endêmica rural, a LV provocou epidemias nas grandes cidades brasileiras, transformando essa parasitose em um sério problema de saúde pública². Tem como agente etiológico o protozoário Leishmania ssp. No Brasil, a maioria dos casos são pela Leishmania chagasi. O principal vetor que transmite é o Lutzomyia longipalpis (flebótomo), além disso, o reservatório mais importante no meio urbano são os cães. No entanto, as raposas (Dusicyon vetulus e Cerdocyon thous) e os marsupiais (Didelphis albiventris) são os reservatórios silvestres mais comuns³. O homem é o hospedeiro definitivo e de importância para saúde pública.

Objetivo (s)

Analisar o perfil epidemiológico da Leishmaniose Visceral nos municípios que compõe a Macrorregião Norte da Bahia.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo do tipo descritivo. Foi realizado levantamento de dados secundários no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Selecionaram-se os casos notificados por município de residência de LV no período de 2018 a 2023. Os softwares utilizados foram o TabNet e o Excel 2019. Os dados populacionais utilizados correspondem a estimativa do Índice Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Resultados e Conclusão

No recorte temporal analisado, observou-se uma maior incidência no ano de 2019 (5,17 casos/100.000hab.), seguido de 2021 (4,94 casos/100.000hab.). Percebe-se que há uma constância na prevalência de casos durante os anos avaliados, com média de 49,9. O sexo feminino foi o mais acometido em todos os anos, tendo uma máxima em 2018 (62,96%). Referente a faixa etária, a categoria de 1 a 4 anos e menor de 1 ano de idade foi a mais atingida, com 31,49% e 5,49% respectivamente, evidenciando que a doença ainda apresenta um caráter infantil.Nota-se um declínio na incidência durante os anos analisados, porém, trata-se de uma morbidade com alta letalidade e ampla distribuição nessa macrorregião. Nesse contexto, observa-se que necessita maior investimentos em relação ações de controle e prevenção da doença, bem como novos estudos com ênfase na definição de áreas de risco com intuito de reduzir a sua incidência e óbitos. 

Palavras Chave

Leishmaniose Visceral; Epidemiologia; Vetor; Incidência; Saúde Pública

Área

Eixo 14 | Zoonoses e Saúde Única

Autores

Aline Souza de Oliveira Brito, Fernanda Baia da Costa, Yasmim Ferreira de Oliveira, Mônica Vicente de Souza, Bruna Vitória Lopes de Oliveira, Simone Silva Ribeiro, Rafaela Mendes Vale, Maria Edivane da Silva, Helder Silveira Coutinho