Dados do Trabalho

Título

NOTIFICAÇÃO DA MALÁRIA DE 2019 A 2023 NA REGIÃO AMAZÔNICA E EXTRA-AMAZÔNICA BRASILEIRA

Introdução

A malária é uma doença infecciosa febril, causada por protozoários do gênero Plasmodium, transmitida por mosquitos do gênero Anopheles e de notificação compulsória. Mais de 40% da população mundial vive em áreas de risco para transmissão de malária, que persiste como importante causa de morbimortalidade em crianças e adultos residentes em área endêmica e em viajantes que se deslocam para tais áreas. Historicamente, essa patologia foi associada a regiões de mata, excluindo os grandes centros. Desta forma, é importante compreender a incidência dos casos de malária e a sua distribuição.

Objetivo (s)

Analisar os números notificados de malária na região amazônica e extra-amazônica no período de 2019 a 2023.

Material e Métodos

O presente estudo é do tipo ecológico transversal com técnica de análise espacial para o desenvolvimento, comparando os períodos em meses de 2019 a 2023, tomando como delineamento as regiões amazônica e extra-amazônica e o número total de casos notificados. A Região Amazônica inclui todos os estados do norte do Brasil somados aos estados do Maranhão e Mato Grosso, enquanto que a região extra-amazônica, todos os outros estados brasileiros. Os dados foram adquiridos por via do sistema de tabulação de informação do DATASUS, o TABNET e SIVEP.

Resultados e Conclusão

Na Região Amazônica, dentro do intervalo de 2019 a 2023, foram notificados 714.658 casos de malária, sendo a média de 142 mil casos por ano. Já na Região Extra-amazônica foram registrados 2.404 casos, uma média anual de 480. O estado com maior número de casos foi o Amazonas, com 290.521 (40,65%) diagnósticos (média de 58.104 casos/ano), seguido de Roraima e do Pará com 139.682 (19,54%) e 126.039 (17,64%), respectivamente. Dentre os estados da Região Extra-amazônica, São Paulo foi que mais registrou notificações, com 489 casos e média de 97,8 casos/ano. Os estados da região amazônica apresentaram os maiores números de notificações em relação aos demais estados e, as notificações na região extra-amazônica representam um alerta para a realização de medidas preventivas. O controle da malária requer uma abordagem integrada, incluindo prevenção (principalmente controle de vetores), diagnóstico precoce e tratamento imediato com agentes antimaláricos eficazes, que maximizam a probabilidade de cura clínica e parasitológica rápida e minimizam a transmissão da infecção. Medidas de saneamento básico e ações de educação preventiva são importantes para ajudar no combate à malária, especialmente na região amazônica.

Palavras Chave

malária; Região Amazônica; Região extra-amazônica