Dados do Trabalho


Título

ALTERAÇÕES CITOLÓGICAS NO COLO DO ÚTERO EM MULHERES PRIVADAS DE LIBERDADE, MATO GROSSO DO SUL, BRASIL

Introdução

O câncer do colo do útero (CCU) é uma doença que tem como principal causa a persistência da infecção pelo Papilomavirus humano (HPV) associada a outros fatores de cunho biológico e social. O seu rastreamento é feito por meio do teste de Papanicolaou, para a detecção de lesões precursoras e do CCU invasivo em suas fases iniciais. As mulheres privadas de liberdade apresentam uma maior vulnerabilidade ao desenvolvimento de doenças e agravos, como as infecções sexualmente transmissíveis (IST), em especial as infecções pelo HPV, e como consequência ao desenvolvimento do CCU.

Objetivo (s)

A pesquisa teve por objetivo, verificar a prevalência de alterações citológicas do colo do útero em mulheres privadas de liberdade.

Material e Métodos

Foram participantes da pesquisa 141 mulheres privadas de liberdade de dois estabelecimentos penais femininos de regime fechado de Mato Grosso do Sul. O estudo foi transversal com abordagem quantitativa, com coleta de dados de dados secundários por meio de entrevista e coleta de amostra de células cervicais para citologia em meio líquido. Os dados foram analisados no software RedCap. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Resultados e Conclusão

A maioria das participantes estavam na faixa etária de 25 a 34 anos - 59 (41,8%), 93 (66,0%) estavam privadas de liberdade há um tempo inferior a 2 anos, 86 (61,0%) tinham até 08 anos de escolaridade, durante a coleta para citologia 57 (40,44%) apresentavam alteração visível no colo do útero, 30 (21,3%) apresentavam sinais sugestivos IST. Ao exame microscópico, 113 (80,1%) participantes apresentaram inflamação, 141 (100,0%) amostras tinham a presença de microrganismo, entre os achados citológicos das amostras analisadas, 06 (4,2%) participantes apresentaram lesão intraepitelial de alto grau (HSIL) ou outra classificação que não foi possível afastar essa condição, 7 (5,0%) lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL) e 21(14,9%) atipias de células escamosas, possivelmente não neoplásicas (ASCUS). Foi verificada a presença de lesões celulares na população do estudo, sendo as mais frequentes ASCUS, seguida por LSIL.

Palavras Chave

Neoplasias do colo do útero; prisões; Programas de rastreamento

Área

Eixo 10 | 4.Outras viroses humanas e veterinárias - Outras

Autores

Elaine Regina Prudêncio Hipólito da Silva, Jennifer Naed Martins Freitas, Lislainy Silva Santos, Andréia Julião França Graeff, Ana Paula Machado Cunha, Márcia Rodrigues Ribeiro Andrade, Alda Maria Teixeira Ferreira, Cacilda Tezelli Junqueira Padovani, Inês Aparecida Tozetti