Dados do Trabalho
Título
PERFIL EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE HEPATITES VIRAIS NA MACRORREGIÃO CENTRO LESTE, BAHIA, NOS ANOS DE 2020-2022
Introdução
As hepatites virais são doenças inflamatórias que afetam o fígado e podem resultar em lesões hepáticas. No Brasil, os tipos mais comuns de hepatite são A, B e C, com as duas últimas frequentemente progredindo para condições crônicas devido à ausência de sintomas aparentes em muitos casos. A rede pública de saúde oferece testes rápidos para hepatites B e C, além de vacinas para as hepatites A e B. Embora ainda não exista uma vacina para a hepatite C, existe tratamentos disponíveis e podem levar à cura da doença
Objetivo (s)
Analisar as características epidemiológica dos casos de hepatites virais notificados na macrorregião Centro Leste, Bahia, no período de 2020 a 2022
Material e Métodos
Trata-se de um estudo descritivo baseado em dados secundários fornecidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). As informações coletadas foram armazenadas e tabuladas no programa Microsoft Office Excel™. A coleta dos dados foi realizada em julho de 2024. Foram incluídos todos os casos notificados de residentes na macrorregião Centro Leste, composta por 72 municípios, dividida em quatro regiões de saúde, com uma população total de 2.175.243 habitantes (IBGE, 2022).
Resultados e Conclusão
Entre 2020 e 2022, foram notificados 452 casos de hepatites virais, com maior percentual em 2022. A região de Feira de Santana registrou 297 casos, representando 65,7% do total, seguida por Itaberaba, com 49 casos (10,8%). Após análise, constatou-se que 327 casos (72,3%) eram da forma crônica da doença. A variável sexo feminino representaram 236 casos (52,4%). Quanto à raça/cor, 52,4% dos casos ocorreram entre pessoas de cor parda, 52 casos em pessoas de cor preta, e 30% dos registros tinham a raça/cor ignorada. Em relação à faixa etária, a maior frequência foi entre 35 a 49 anos (34,5%, cerca de 156 casos), seguida de 50 a 64 anos (23,6%, cerca de 107 casos). A maioria dos casos foi confirmada por laboratório, com a forma clínica de hepatite B sendo a mais comum, representando aproximadamente 245 casos (54,2%), seguida pela hepatite C com cerca de 119 casos (26,3%). Entre as mulheres, a forma B também apresentou o maior percentual. As hepatites virais continuam sendo um problema prevalente, especialmente entre as mulheres diante desses dados, torna-se essencial a implementação de políticas públicas focadas na prevenção dessas doenças, especialmente entre a população feminina, a fim de reduzir o número de novos casos.
Palavras Chave
Epidemiologia; Hepatites
Área
Eixo 19 | Outros
Autores
Hayana Leal Barbosa , Aia Akenaton Araújo Alves , Iraildes Rios Souza , Ivana Fernanda Freitas Cerqueira , Carmen Lieta Ressurreição dos Santos , Taline Pereira Silveira , Rousane de Carvalho Lima Rebouças