Dados do Trabalho
Título
Perfil Epidemiológico das hepatites virais em Nova Friburgo/RJ-Brasil
Introdução
No Brasil, as hepatites virais (HV) são afetadas por fatores sociais, ambientais, econômicos e representam um desafio de saúde pública, sendo doenças de notificação compulsória. Uma visão universal do indivíduo e seu meio, é imperativa para amenizar a ocorrência destes quadros virais, potencialmente crônicos e de evolução silenciosa. Neste trabalho, analizou-se dados do município de Nova Friburgo (NF), RJ, Brasil.
Objetivo (s)
Analisar o perfil epidemiológico das HVs no município de NF no período de 2000 a 2023.
Material e Métodos
Foi usado o sistema de Indicadores e Dados Básicos das Hepatites (DATHI), nos parâmetros de município de notificação, ano de diagnóstico/sintomas de casos confirmados e gênero, totalizando 963 casos, entre 2000 e 2023. Paralelamente, a testagem para hepatite B e C realizada no Laboratório de Análises Clínicas (LAC-UFF) foi analisada.
Resultados e Conclusão
De 2000 a 2023 mais de 780 mil casos foram confirmados de HV no Brasil. O maior volume concentra-se nos tipos B e C, com cerca de 289 mil e 318 mil casos, respectivamente. Sendo esses tipos os mais prevalentes na região sudeste, representando 36,9% e 40,7% dos casos no país. Foram notificados 158 casos de HV em NF. Sendo 14 casos de hepatite A, 9 em homens e 5 em mulheres. Destes, 11 de 2000 a 2012, e 3 de 2013 a 2023. Já da hepatite B, foram relatados 41 casos, 18 de 2000 a 2012 e 13 de 2013 a 2023 (23 homens e 18 mulheres). Os casos de hepatite C totalizam 103, com 14 entre 2000 e 2012 e 89 nos últimos 10 anos. Não há casos de hepatite D. Os tipos B e C foram causa básica de, respectivamente, 8 e 29 óbitos no município. A forma clínica foi “ignorado/branco” nos dados registrados. A ausência destes gera dificuldade na implementação de políticas públicas pelo preenchimento incorreto dos formulários de informações nos serviços de saúde. Com os dados de triagem do LAC-UFF, onde 146 testes rápidos foram realizados, 58,2% em mulheres, 100% foram não reagentes para HBV e HCV. Tais análises permitem inferir que NF apresenta maior prevalência dos tipos B e C, seguindo a tendência nacional. A imprecisão dos dados de escolaridade, demografia e status vacinal impede avaliação mais completa do impacto das HV na saúde da população. Capacitar profissionais de saúde para a notificação correta é fundamental para maximizar a qualidade dos dados. O fortalecimento da vigilância epidemiológica e investigação dos fatores de risco associados à transmissão desses agravos, contribuirá para o fortalecimento e promoção da qualidade de vida em Nova Friburgo.
Palavras Chave
HCV; HBV; Epidemiologia; Hepatites Virais; Saúde Coletiva; Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)
Área
Eixo 19 | Outros
Autores
Marcella Chagas Sena, Natália dos Santos Lemos, Elton Luiz Nunes Freitas Junior, Ana Vitória da Costa Rosa, Halyka Luzorio Franzotti Vasconcellos Serodio, Fabiana Nunes Germano, Aline Cardoso Caseca