Dados do Trabalho
Título
Protocolo rápido e econômico para produção de antígenos de Paracoccidioides spp.
Introdução
Sabe-se que os métodos existentes visando a produção de antígenos de Paracoccidioides spp. são problemáticos considerando a falta de padronização, especificidade, estabilidade, repetibilidade e reprodutibilidade.
Objetivo (s)
Otimizar a metodologia de produção de Paracoccidioides spp. antígenos e avaliar sua aplicabilidade no imunodiagnóstico da paracoccidioidomicose.
Material e Métodos
Os antígenos foram obtidos empregando-se três isolados de Paracoccidioides lutzii (01, 66 e 8334), um isolado de Paracoccidioides brasiliensis sensu stricto (113) e um isolado de Paracoccidioides restripiensis (B-339) cultivados a 36º±1ºC, em ágar Fava-Netto modificado. Os antígenos de P. lutzii foram obtidos após 5, 10 e 20 dias de cultivo e os de P. brasiliensis e P. restripiensis, após 10 dias. Os antígenos foram avaliados in natura e concentrados 10 e 20 vezes por liofilização. A capacidade antigênica foi avaliada pelo ensaio de imunodifusão dupla em gel de agarose contra amostras de soro de pacientes com paracoccidioidomicose, histoplasmose, aspergilose e de doadores de sangue aleatórios. O perfil eletroforético dos antígenos foi determinado pela realização de eletroforese em gel de poliacrilamidacontendo dodecil sulfato de sódio (SDS-PAGE).
Resultados e Conclusão
Reatividade cruzada foi observada quando os antígenos de P. brasiliensis e P. restrepiensis foram avaliados contra anticorpo policlonal anti-P. lutzii e quando os antígenos de P. lutzii foram avaliados contra o anticorpo policlonal anti-P. brasiliensis. Não houve reatividade cruzada contra anticorpos policlonais anti-Histoplasma capsulatum e anti-Aspergillus fumigatus e doadores de banco de sangue. O protocolo proposto permitiu a produção de antígenos gênero-específicos, estáveis, repetíveis e reprodutíveis, em menor tempo de cultivo e com menor custo, permitindo ainda, a obtenção de antígenos gênero-específico que podem ser desenvolvidos e reproduzido em todos os laboratórios do Brasil e da América do Sul, onde a paracoccidioidomicose é negligenciada, contribuindo para o diagnóstico precoce, principalmente em regiões endêmicas, independente da espécie. Projeto CTC-IAL# CTC-IAL#43-D/2011. Karolina Rosa Fernandes-Beraldo recebeu bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Palavras Chave
Paracoccidioides; paracoccidioidomicose; antígenos; testes imunológicos.
Área
Eixo 12 | 2.Micoses humanas e veterinárias - Micoses profundas
Prêmio Jovem Pesquisador
4.Não desejo concorrer
Autores
Karolina Rosa Fernandes-Beraldo, Roseli Santos de Freitas-Xaxier, Adriana Pardini Vicentini