Dados do Trabalho

Título

Avaliação do Potencial Terapêutico da Riboflavina no Tratamento da Esquistossomose: Ensaios in silico, in vitro e in vivo

Introdução

A esquistossomose, uma helmintíase causada por parasitas trematódeos do gênero Schistosoma, representa um grave problema de saúde pública, afetando predominantemente populações em regiões vulneráveis. O tratamento da doença é tradicionalmente realizado com o fármaco praziquantel. No entanto, a Organização Mundial da Saúde recomenda a busca por novos agentes terapêuticos devido à crescente preocupação com a eficácia e a resistência ao praziquantel. Dado que o desenvolvimento de novos tratamentos é dispendioso, o reposicionamento de fármacos surge como uma alternativa viável.

Objetivo (s)

Este estudo investigou a eficácia da riboflavina (RBF) como potencial agente terapêutico contra Schistosoma mansoni. 

Material e Métodos

Inicialmente, a RBF foi selecionada através de triagem computacional, evidenciando potencial como inibidor da SmCB1, uma enzima essencial para a sobrevivência do parasita. Nos ensaios in vitro, a RBF mostrou eficácia em concentrações de 50 a 6,25 μM, com uma EC50 de aproximadamente 20 μM. Em camundongos infectados com S. mansoni, a administração oral de RBF, tanto em dose única de 400 mg/kg quanto em doses diárias de 100 mg/kg por sete dias, resultou em uma redução significativa do número de ovos (>80%).

Resultados e Conclusão

Estes resultados reforçam o potencial antiparasitário da RBF, posicionando-a como um composto promissor para o desenvolvimento de novos tratamentos contra a esquistossomose. Este estudo foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Universidade Guarulhos, sob o registro 47/20.

Palavras Chave

Schistosoma mansoni; Esquistossomose; riboflavina; catepsina B1.