Dados do Trabalho
Título
PREVALENCIA DE ANTICORPOS CONTRA SARS-CoV-2 EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS DE MATO GROSSO DO SUL, BRASIL
Introdução
A Covid-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, foi registrada inicialmente na província de Wuhan, na China, em dezembro de 2019 e no Brasil foi confirmado o primeiro caso em fevereiro de 2020. Os povos quilombolas são vulneráveis a epidemias em função de condições sociais, econômicas e de saúde, o que amplifica o potencial de disseminação de doenças e a Covid-19 fez com que essa população ficasse ainda mais vulnerável. A desigualdade do enfrentamento ao novo coronavírus, que se mostrou evidente nas periferias urbanas, teve um impacto muito grande nas comunidades afrodescendentes rurais, mantendo um ritmo de transmissão e letalidade acelerado na pandemia. Neste contexto, torna-se necessário ter conhecimento do real status sorológico para Covid-19, contribuindo assim para um melhor planejamento de estratégias de controle.
Objetivo (s)
O objetivo do estudo foi realizar uma investigação sorológica para Covid-19 em comunidades quilombolas de Mato Grosso do Sul, Brasil.
Material e Métodos
Trata-se de um estudo observacional, transversal e analítico, com coleta de amostras sorológicas de 84 residentes em comunidades quilombolas de Mato Grosso do Sul, de ambos os sexos e com idade igual ou superior a 18 anos, em julho, novembro e dezembro de 2023. A análise sorológica foi realizada para pesquisa de anticorpo anti-nCov-19 IgG utilizando o kit TR SARS-CoV-2 IgG-LAC BIO-MANGUINHOS. Os indivíduos que aceitaram participar da pesquisa assinaram o TCLE e preencheram um questionário e seus dados foram obtidos.
Resultados e Conclusão
Dos 84 participantes, 55 (65,47%) eram do sexo feminino e 29 (34,53%) eram do sexo masculino. 32 (39,50%) participantes tinham entre 18-39 anos, 27 (33,33%) tinham entre 40-59 anos e 22 (27,17%) tinham mais de 60 anos de idade. Das 84 amostras analisadas, 81 (96,43%) foram reagentes ao teste rápido e 3 (3,57%) foram não reagentes. De acordo com o questionário, 20 (23,81%) participantes relataram que já tiveram Covid-19, 50 (59,52%) não tiveram e 14 (16,67%) não souberam informar. Todos os participantes foram vacinados com pelo menos 2 doses. Com base nos resultados obtidos, conclui-se que a maioria dos participantes possuem anticorpos contra a Covid-19, e como poucos participantes tiveram contato com o vírus por infecção e todos foram vacinados, podemos sugerir que desenvolveram uma resposta imunológica após a vacinação.
Palavras Chave
COVID-19; Afrodescendentes; Quilombos; teste rápido; Vigilância Epidemiológica; Vulnerabilidade em saúde.
Área
Eixo 09 | COVID-19 humanas e veterinárias
Prêmio Jovem Pesquisador
4.Não desejo concorrer
Autores
Jheniffer Kimberly Viana da Silva, Amanda Beatriz Bezerra de Souza, Júlia de Mendonça Favacho, Dustin Matoso Campos, Alanys Rafaela Bononi da Silva, Mariana Ramos Santos, Reinaldo Souza-Santos, Alexsandra Rodrigues de Mendonça Favacho