Dados do Trabalho


Título

Comparação entre o local de residência e de ocorrência dos acidentes ofídicos no estado de São Paulo entre 2010 e 2022

Introdução

Acidentes ofídicos têm grande importância, pois, anualmente, 5,4 milhões de pessoas em todo o mundo são picadas por serpentes e 137.000 morrem.Acidentes ofídicos têm grande importância, pois, anualmente, 5,4 milhões de pessoas em todo o mundo são picadas por serpentes e 137.000 morrem.

Objetivo (s)

Avaliar quantos dos acidentes ofídicos ocorrido no ESP entre 2010 e 2022 eram ou não autóctones e a distância entre os dois locais nos não autóctones

Material e Métodos

Estudo descritivo com dados do SINAN. Autóctones com mesmo município de residência e ocorrência. Avaliada a distância entre os locais nos não autóctone com média, mediana (med), máxima (max) e mínima (min).

Resultados e Conclusão

No ESP entre 2010 e 2022 foram notificados 27.777 acidentes, dos quais 61,5% foram botrópicos, 12,1% crotálicos e 1,2% elapídicos. Destes 13,1% botrópicos, 15,9% crotálicos e 13,2% elapídicos não eram autóctones. A maioria ocorreu, em média, a 50 km da residência, porém, houve registro de acidente a 800 km de distância da residência. Entre 2.210 botrópicos não autóctones, a média de distância entre a residência e ocorrência foi 56,3 km, med 29,4 km, min 3,4 km e max de 787,3 km, sendo o DRS da grande São Paulo o que mais teve residentes que se acidentaram em outros locais. Nos 521 acidentes crotálicos não autóctones, a média de distância entre o local de residência e ocorrência foi de 43,2 km, med 27,4 km, min 5,4 km e max de 361,7 km. Houve concentração de residentes da Grande São Paulo que se acidentaram principalmente nas DRS Sorocaba, Campinas e Taubaté, e, residentes dos DRS Campinas, Araraquara, Marília e Sorocaba que se acidentaram no DRS de Bauru. Nos 44 acidentes elapídicos não autóctones, a média de distância entre o local de residência e o local de ocorrência foi de 55,9 km, med 29,1 km, min 9,8 km e max de 496,8 km, sem padrão de concentração de acidentes. Entre os 54 óbitos botrópicos, 47 foram autóctones. Nos 18 óbitos crotálicos, apenas 1 não ocorreu no mesmo município de residência do acidentado. Identificar o local de ocorrência dos acidentes é importante para preparar a rede quanto as serpentes mais prevalentes e suprir cada região com os tipos e quantidades adequadas de soros. Ter conhecimento que nem todos os acidentes ofídicos ocorrem no mesmo local de residência reforça a necessidade de acesso rápido à informação dos locais de tratamento e indicam a necessidade de disponibilizar materiais informativos dos tipos de serpentes existentes no ESP bem como os principais sinais sintomas e medidas frente ao acidente.

Palavras Chave

Autóctone; Acidentes animais peçonhentos; Serpentes

Área

Eixo 03 | Acidentes por animais peçonhentos

Prêmio Jovem Pesquisador

4.Não desejo concorrer

Autores

Gisele Dias Freitas, Alec Brian Lacerda, Thiago Salomão Azevedo, Anderson Oliveira, Roberta Maria Fernandes Spinola, Flávio Santos Dourado, Fan Hui Wen, Francisco Chiaravalloti-Neto