Dados do Trabalho


Título

ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS DE ETIOLOGIA VIRAL EM LACTENTES ATENDIDOS NO HOSPITAL DE REFERÊNCIA DE ALTA COMPLEXIDADE DO MÉDIO XINGU, REGIÃO AMAZÔNICA DO BRASIL

Introdução

Doenças respiratórias são caracterizadas por obstrução da passagem do ar, a nível nasal, bronquiolar ou pulmonar, que podem acometer o trato respiratório superior e inferior. Os fatores de risco relacionados a lactentes, como prematuridade, procedimentos invasivos e imaturidade fisiológica intensificam a predisposição desse público a Infecções Respiratórias Virais (IRV).

Objetivo (s)

Delinear o perfil epidemiológico das IRV em lactentes internados em unidades infantis do Hospital de Referência da Região do Médio Xingu, Altamira–PA, no pico do verão amazônico (setembro a novembro de 2023). 

Material e Métodos

Trata-se de uma coorte prospectiva. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética do Núcleo de Medicina Tropical da UFPA e os responsáveis pelos participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre Esclarecido. As amostras do estudo foram obtidas por colheita de secreção nasofaringea de lactentes graves internados em unidades infantis com suspeita de IRV e encaminhadas para o Laboratório de Virologia de Referência na Região Norte para análise por Reação em Cadeia da Polimerase Transcriptase Reversa.

Resultados e Conclusão

Foram coletadas amostras de 10 pacientes, com idade média de 12,8 meses e predomínio do sexo masculino (70%). Quanto à classificação de prematuridade, 20% dos pacientes são pré-termo e 80% a termo, sendo 70% nascidos de parto cesárea. Cerca de 80% dos lactentes internaram devido aos sintomas sugestivos de IRV, os quais destacaram-se: tosse (90%), febre (70%), desconforto respiratório (60%) e dispneia (50%). Quanto a origem da IRV, 90% foram de origem comunitária, sendo 50% dos pacientes apresentando infecção de via área superior, 30% superior e inferior e 20% somente trato inferior. Todos os pacientes obtiveram resultado positivo para, no mínimo, uma cepa viral, sendo: Bocavírus (40%), Rinovírus (40%), Parainfluenza tipo 3 (30%), Coronavírus SARS-CoV2 (10%) e Adenovírus (10%). Somente 10% dos pacientes foi tratado com antiviral. A média de estadia hospitalar dos pacientes da amostra foi de 10,5 dias sendo 100% com desfecho de alta hospitalar. Os resultados contribuem para mapear os vírus, considerando a sazonalidade regional, favorecendo ações epidemiológicas. Além disso, com a identificação das cepas virais, tanto o início de tratamento é mais rápido quanto o encaminhamento desses bebês que, por vezes, necessitam de ambulanchas para acessarem a alta complexidade.

Palavras Chave

Infecções Respiratórias Virais; PEDIATRIA; Internação Infantil

Área

Eixo 10 | 4.Outras viroses humanas e veterinárias - Outras

Prêmio Jovem Pesquisador

3.Concorrer na categoria - Doutorado

Autores

Bruna Grazielle Carvalho Jacomel, Brenda Laleska Pinheiro Alves, Rodrigo Januário Jacomel, Aline Andrade de Sousa