Dados do Trabalho
Título
SUBSTITUIÇÃO DO SANGUE COMO RECURSO ALIMENTAR PARA NUTRIÇÃO DE Aedes aegypti (DIPTERA: CULICIDAE)
Introdução
A criação de Aedes aegypti em laboratório possui complicações éticas, burocráticas e financeiras com relação a alimentação sanguínea. O uso de dietas artificiais, por meio de alimentador artificial sem a adição de fonte de calor e membranas pode ser uma alternativa ao repasto sanguíneo induzido.
Objetivo (s)
Portanto, o objetivo desse estudo foi avaliar o emprego de uma dieta artificial denominada Sugar Assisted Protein (SAP) baseada em trabalho publicado por outros autores para Aedes albopictus como substituta ao repasto sanguíneo para Ae. aegypti em laboratório, avaliando vários parâmetros reprodutivos e biológicos.
Material e Métodos
Os componentes determinados para alimentação artificial (SAP) foram soro albumina bovina (BSA) nas concentrações 5%, 10% e 20% e gema de ovo desidratada 0,25; 0,5 e 0,75%, controle positivo (sangue) e controle negativo (sacarose 5%). Cem fêmeas receberam as alimentações durante 60 minutos, as alimentações foram ofertadas em recipientes de plástico escuros de 2ml em todos os tratamentos, menos o controle positivo. Os parâmetros avaliados foram: ingurgitamento, sobrevivência até oviposição, taxa de oviposição, número de ovos, eclosão larval, tempo de desenvolvimento larval, taxa de pupação, taxa de emersão e razão macho e fêmea.
Resultados e Conclusão
Nos tratamentos com três concentrações diferentes de BSA e BSA + gema, os valores de ingurgitamento, não diferiram (>0,8) quando comparados ao controle (0,9), a sobrevivência das fêmeas durante o período da oviposição também não obteve diferenças significativas (>1) comparadas ao controle (1), as taxas de oviposição foram inferiores (> 0,2) ao controle (0,8), os valores médios de ovos por fêmeas não demonstraram uma diferença significativa (>37) comparado ao controle (50), a taxa de eclosão larval não obteve diferença significativa (>1) comparada ao controle (1), a taxa de pupação também obteve valores próximos (>0,7) ao controle (0,9) e a razão macho e fêmea não obteve diferença significativa nos tratamentos com BSA (>1) comparados ao controle (1) mas, nas dietas com gema foi observado uma diferença significativa (>0,8) se comparado ao controle (0,8). Contudo, SAP não se mostrou viável para criação de Ae. aegypti em laboratório.
Palavras Chave
Vetor; dieta artificial; Arboviroses; mosquitos; criação.
Área
Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores
Prêmio Jovem Pesquisador
1.Concorrer na categoria - Graduado
Autores
Bruno Mota Valente, Alexandre de Almeida e Silva