Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS FOCOS DE Aedes aegypti NOS MUNICÍPIOS DE SANTA CATARINA DE 2019 A 2023.

Introdução

Os culicídeos, popularmente conhecidos como mosquitos, pertencem à família Culicidae, composta por 3.726 espécies identificadas. Entre elas, destacam-se as espécies dos gêneros Anopheles, Culex e Aedes, sendo o Aedes aegypti o principal vetor de arboviroses como dengue, Zika, chikungunya e febre amarela, cuja incidência tem aumentado globalmente. Ae. aegypti, comumente chamado de mosquito-da-dengue, habita trópicos e subtrópicos, incluindo o continente americano, Sudeste da Ásia e Índia, sendo altamente sinantrópico e antropofílico, preferindo locais habitados e depositando seus ovos em recipientes de água parada. No Brasil, sua adaptação é notável, encontrando-se em todo o território nacional devido ao clima tropical favorável. Santa Catarina, apesar de suas variações climáticas, enfrenta desafios semelhantes devido à sua diversidade geográfica, urbanização e turismo. O aumento exponencial de casos de dengue no estado demanda a identificação de áreas com alta infestação do vetor para desenvolver estratégias eficazes de controle.

Objetivo (s)

Mapear e compreender a distribuição espacial dos focos do mosquito Ae. aegypti em diferentes municípios de Santa Catarina ao longo do período de 2019 a 2023. Identificar áreas com maior concentração de focos do mosquito Ae. aegypti, indicando locais com maior risco de transmissão de doenças como a dengue.

Material e Métodos

Foram coletados dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) de Santa Catarina, dos boletins epidemiológicos de 2019 a 2023. Utilizando o software QGIS, foram criados mapas graduados para visualizar a distribuição dos focos do mosquito ao longo desses anos. Os dados utilizados no trabalho são de acesso público e anônimos, o que  garante a confidencialidade.

Resultados e Conclusão

Os resultados revelaram 271.553 focos de Ae. aegypti em Santa Catarina durante o período, com aumentos anuais significativos, sendo 11,11% em 2019, 14,79% em 2020, 22,27% em 2021, 24,78% em 2022 e 27,03% em 2023. Os mapas indicam uma rápida dispersão do vetor em todo o estado, com maior incidência nas regiões Oeste e Norte. Esses achados destacam a urgência de medidas preventivas eficazes para conter a propagação do mosquito e reduzir a transmissão de patógenos causadores de doenças associadas. Essa análise fornece insights cruciais para orientar políticas de saúde pública e estratégias de controle do vetor, visando mitigar os riscos à saúde da população catarinense.

Palavras Chave

Aedes aegypti; Distribuição espacial; Vigilância Epidemiológica; Incidência; dengue

Área

Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores

Prêmio Jovem Pesquisador

4.Não desejo concorrer

Autores

Caroline Pereira Vieira, Marcella Silva Ribeiro, Geovana de Souza, Mariane Pereira Silva, Millena Fernandes, Renan Konig Leal, Wellyngton Vieira Eufrazio , Josiane Somariva Prophiro