Dados do Trabalho
Título
Perfil epidemiológico de internações por sepse no Amazonas no período de 2013 a 2023
Introdução
A sepse é desencadeada por toxinas liberadas na corrente sanguínea, criando um conjunto de manifestações graves em todo o organismo, comumente associadas a bactérias adquiridas em ambientes hospitalares. A infecção hospitalar juntamente com a resistência antimicrobiana representa um preocupante problema de saúde pública, prolongando a duração das internações, aumentando os custos para o sistema de saúde, além de ser uma das principais causas de mortalidade hospitalar.
Objetivo (s)
Identificar o perfil epidemiológico das internações por sepse no Amazonas
Material e Métodos
Este estudo retrospectivo, com abordagem quantitativa, utilizou dados secundários do Sistema de Informação Hospitalar do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), acessados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (https://datasus.saude.gov.br). Foram analisadas as seguintes variáveis como sexo, faixa etária, cor/raça, caráter e regime de atendimento, óbitos e taxa de mortalidade, tabulados em planilha no Excel. A análise estatística baseou-se em frequências absolutas e relativas. Por se tratar de dados de domínio público, não foi necessário aprovação do Comitê de Ética, conforme a resolução 510/2016, enfatizamos que foram respeitados os princípios éticos do Conselho Nacional de Saúde.
Resultados e Conclusão
Os resultados destacaram um total de 18.588 internações distribuídos pelas três regiões, com a capital do estado registrando 80% (14.845) dos casos. Do total, 54% (n=9.995) dos casos foram em pacientes do sexo masculino e 46% do sexo feminino. A maioria dos pacientes pardos representaram 80% (n=14.826) das internações, com a faixa etária dos 60 anos ou mais abrangendo 51% dos casos (n=9.396) seguido das crianças menores de 1 ano com 12% (n= 2.284). O atendimento predominante ocorreu em situações de urgências com 91% (n= 16.866), com um regime de internação majoritariamente registrado como “ignorado” 81% (n=15.108) dos casos. A média de permanência de internação foi de 11 dias, com 9.856 óbitos. A taxa de mortalidade do Amazonas foi de 53.02, destacando-se o município de Guajará, que apresentou uma taxa acima da média estadual com taxa de 83,33. Estes dados ressaltam que a sepse abrange um número considerável de internações no Amazonas, com uma alta taxa de mortalidade, evidenciando a necessidade de intervenções efetivas para reduzir o impacto desta condição. A abordagem da saúde única, com um foco na vigilância e monitoramento contínuo, pode ser uma medida essencial para enfrentar este desafio.
Palavras Chave
Resistência antimicrobiana; Sepse; Saúde Pública; Saúde Única; Resistência sistêmica; Amazônia
Área
Eixo 16 | Infecções relacionadas à assistência à saúde
Prêmio Jovem Pesquisador
2.Concorrer na categoria - Mestrado
Autores
Francielle Sousa Belem, Ivanildes dos Santos Bastos, Marcila Patrícia Pereira Soares, Alessandra Ferreira Dales Nava, Patricia Puccinelli Orlandi