Dados do Trabalho


Título

EFEITO TRIPANOCIDA E ANTIAMASTIGOTA DE UMA ACETOFENONA DE Croton anisodontus Müll. Arg. SOBRE CEPA Y DE Trypanosoma cruzi.

Introdução

A doença de Chagas (DC), causada pelo Trypanosoma cruzi, é uma doença de caráter negligenciado que vem se expandindo em países da Europa e América do Norte O benznidazol (Bz),fármaco de escolha, apresenta eficácia limitada na fase crônica da DC e elevada toxicidade, assim faz-se necessário aa busca de novos agentes tripanocidas, sobretudo aqueles provenientes da biodiversidade brasileira.

Objetivo (s)

O presente estudo propõe-se avaliar o efeito tripanocida e atividade antiamastigota de 2-hidroxi-3,4,6-trimetoxifenilacetofenona, isolada de Croton anisodontus Müll. Arg. (HTMXC) sobre cepa Y de T. cruzi.

Material e Métodos

A atividade tripanocida foi avaliada em formas tripomastigotas, obtidas a partir da infecção de células LLC-MK2 (Macaca mulata) em meio DMEM com 2% de SBF, conforme descrito por LIMA et al., 2018. Essas formas foram incubadas durante 24 horas com HTMCX (1000 – 31,2 µM) e o percentual de parasitos viáveis, em relação ao controle, determinado por contagem em câmara de Neubauer, sendo estimada a LC50 (concentração capaz de matar 50% das formas tripomastigotas), por regressão não-linear. A atividade antiamastigota foi mensurada sobre células infectadas e incubadas durante 24 horas com HTMCX (480; 240; 120 e 60 µM). Após fixação e coloração, o percentual de células infectadas e o número de amastigotas em 100 células foi estimado por contagem em microscópio óptico. Os resultados foram expressos como média ± EPM e analisados por One-way ANOVA, com pós-teste de Dunnet (*p<0,05 vs. CT).

Resultados e Conclusão

HTMCX apresentou atividade tripanocida nas concentrações de 1000; 500; 250 e 125 µM, com LC50 estimada em 238,30 + 29,90 µM, com destaque para a maior concentração, que eliminou todas as formas tripomastigotas. HTMCX também diminuiu o percentual de células infectadas nas concentrações de 480 (81,33 ± 1,65%) e 240 µM (84,17 ± 1,14%), e em quase 50% o percentual de amastigotas intracelulares em todas as concentrações (480 - 625,50 ± 6,96; 240 - 722,80 ± 9,67; 120-740,30 ± 5,30 e 60 - 860,00 ± 18,61 vs. CT - 1270,00 ± 15,54). Desse modo, pode-se concluir que a HTMXC é uma molécula proveniente da biodiversidade brasileira com potencial frente às principais formas de sobrevivência do T. cruzi no ser humano, sendo promissora no contexto do desenvolvimento de novos compostos tripanocidas. Os autores agradecem à CAPES, CNPq e FUNCAP pelo apoio financeiro.

Palavras Chave

Trypanosoma cruzi; Acetofenona; Croton anisodontus; Antiamastigota; Doença de Chagas

Área

Eixo 06 | 1.Protozooses humanas e veterinárias - Doença de Chagas

Prêmio Jovem Pesquisador

4.Não desejo concorrer

Autores

Emanuel Paula Magalhães, Helaynne Gomes do Nascimento, Bruna Viana Barroso Martins, Marcelo Morais Gomes Maia, Felipe Ramon Cunha da Silva, Lyanna Rodrigues Ribeiro, Izabell Maria Martins Teixeira, Tiago Lima Sampaio, Hélcio Silva dos Santos, Ramon Róseo Paula Pessoa Bezerra de Menezes, Alice Maria Costa Martins