Dados do Trabalho


Título

Conhecimentos e percepções sobre a versão injetável da Profilaxia Pré-Exposição ao HIV/AIDS (PrEP) entre homens que fazem sexo com homens: um estudo qualitativo na Amazônia Brasileira.

Introdução

A profilaxia pré-exposição (PrEP) é uma importante estratégia na prevenção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), onde medicamentos antirretrovirais são utilizados por indivíduos em situação de risco potencial de infecção pelo HIV. No Brasil, a versão oral está disponível no sistema único de saúde (SUS) no entanto, a versão injetável dessa profilaxia ainda não foi implementada. Manaus, capital do estado do Amazonas, registra uma alta incidência de HIV/AIDS ao longo dos anos. Assim como, os níveis de adesão ao tratamento antirretroviral para HIV e PrEP permanecem consideravelmente abaixo do ideal. 

Objetivo (s)

O objetivo deste estudo foi descrever percepções e expectativas de homens que fazem sexo com homens usuários da PrEP oral, sobre a PrEP injetável.

Material e Métodos

Neste estudo qualitativo entre usuários de PrEP, foram explorados: percepções, conhecimento e expectativas. Foram realizadas 21 entrevistas em profundidade com um grupo de participantes amostrados intencionalmente que usaram PrEP oral pelo menos uma vez na vida, selecionados por meio da técnica bola de neve, entre abril e julho de 2022. Foi realizada uma análise temática com abordagem predominantemente indutiva. 

Resultados e Conclusão

Foram destacados três temas relevantes: (i) compreensão sobre a PrEP injetável, (ii) motivos para a não aceitação da PrEP injetável e (iii) fatores impulsionadores para a transição da PrEP oral para a forma injetável. A maioria dos participantes já estava familiarizada, pelo menos de forma superficial, com a tecnologia biomédica relacionada à PrEP injetável. Eles demonstraram um entendimento relacionado a uma analogia com uma "vacina anti-HIV".  Alguns participantes afirmaram não ter interesse imediato em mudar para a PrEP injetável, pois prefeririam manter a forma oral, devido possível desconforto da injeção e hábito estabelecido de tomada diária de comprimidos. Também, houve anseio de mais informações antes de considerar a transição para a forma injetável.  Alguns demonstraram entendimento considerável sobre a PrEP injetável e expressaram entusiasmo. As motivações incluíam evitar esquecimentos ou ‘pulos de doses’, retornos menos frequentes ao serviço, fuga do estigma e preconceito através de maior discrição, e praticidade. Os resultados sugerem promissora aceitação da PrEP injetável, especialmente quando os participantes estão devidamente informados com detalhes abrangentes e precisos.

Palavras Chave

hiv; Profilaxia Pré Exposição; Prevenção Combinada; PrEP injetável; PrEP

Área

Eixo 19 | Outros

Prêmio Jovem Pesquisador

3.Concorrer na categoria - Doutorado

Autores

Diego Rafael Lima Batista, Rafaela Nunes Dávila, Alicia Cacau Santos, Hélio Afonso Júnior Amazonas, Ana Paula Oliveira, Théo Lima Guerra, Evellyn Antonieta Rondon Tomé Silva, Rondienny Andrade Filgueiras, Vinicius Azevedo Machado, Marcus Vinicius Guimarães Lacerda, Felipe Leão Gomes Murta