Dados do Trabalho


Título

Perfil metabólico de pacientes com COVID longa: um estudo de corte transversal

Introdução

Uma proporção significativa de pacientes apresenta uma ampla gama de sintomas após a doença aguda por coronavírus 2019 (COVID-19). Análises laboratoriais prévias de COVID longa demonstraram desequilíbrios nos parâmetros metabólicos, sugerindo que este é um dos muitos desfechos induzidos pela COVID longa. 

Objetivo (s)

Portanto, este estudo teve como objetivo ilustrar o perfil de marcadores clínicos e laboratoriais relacionados ao curso da doença em pacientes com COVID longa.

Material e Métodos

Os participantes foram selecionados por meio de um programa de atendimento clínico para COVID longa na região Amazônica. Por meio de entrevistas, dados clínicos e sociodemográficos foram coletados, seguido de coleta de sangue para quantificação de marcadores de triagem glicêmicos, lipídicos e inflamatórios. Os dados foram analisados transversalmente entre grupos de pacientes com desfechos relacionados a COVID longa. 

Resultados e Conclusão

Foram selecionados 215 pacientes, onde a maioria eram mulheres com 18 a 59 anos. Durante a fase aguda de COVID-19, 78 pacientes foram hospitalizados. Os principais sintomas prolongados de COVID relatados foram fadiga, dispneia e fraqueza muscular. Entre os pacientes hospitalizados, os níveis médios de triglicerídeos e ferritina foram superiores aos do grupo não hospitalizado. Em pacientes com período mais curto de COVID longa, a maioria dos exames laboratoriais quantitativos, especialmente os níveis de HbA1c e ferritina, foram mais elevados. Além disso, os níveis de IMC e HbA1c foram maiores em pacientes com mais de seis sintomas. Sexo feminino, hospitalização e IMC elevado foram associados a mais sintomas. Finalmente, os níveis de triglicerídeos foram correlacionados com os níveis de glicemia de jejum e ferritina nos piores resultados de COVID a longo prazo. Em conclusão, os resultados indicam que perfis metabólicos anormais são mais prevalentes em piores cenários de COVID longa. Essa prevalência pode sugerir uma propensão de pacientes com COVID longa apresentarem alterações nos marcadores envolvidos na saúde cardiometabólica. Ilustrar como marcadores comuns na prática clínica, especialmente aqueles envolvidos no metabolismo glicêmico e lipídico, se relacionam com a apresentação da doença, apresentando padrões de prevalência populacional, pode fornecer informações úteis sobre possíveis padrões e marcadores de risco e ajudar a gerir melhor estes pacientes. As descobertas aqui apresentadas, podem fornecer uma base para investigações mais robustas e detalhadas no futuro.

Palavras Chave

COVID longa; fatores de risco cardiometabólicos; marcadores laboratoriais

Área

Eixo 09 | COVID-19 humanas e veterinárias

Prêmio Jovem Pesquisador

4.Não desejo concorrer

Autores

Daniel Carvalho de Menezes, Patrícia Danielle Lima de Lima, Igor Costa de Lima, Juliana Hiromi Emin Uesugi, Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, Elem Cristina Rodrigues Chaves, Aline Oliveira Rocha, Pedro Augusto Cordovil dos Santos, Juarez Antônio Simões Quaresma, Luiz Fábio Magno Falcão