Dados do Trabalho


Título

AGENTES INFECCIOSOS RELACIONADOS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE NA TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: REVISÃO SISTEMÁTICA

Introdução

Recém-nascidos hospitalizados em terapia intensiva são particularmente vulneráveis à infecções, assim como às complicações delas decorrentes, devido ao sistema imunológico em desenvolvimento. Estudos na área das infecções relacionadas à assistência à saúde estão avançando no Brasil e no mundo, ao passo em que se fala em qualidade da assistência e segurança do paciente. Contudo, pouco se fala quando inclui a terapia intensiva neonatal.

Objetivo (s)

Realizar busca sistemática na literatura sobre os principais agentes causadores de infecções relacionadas à assistência à saúde no âmbito da terapia intensiva neonatal.

Material e Métodos

Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, conforme metodologia Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Ocorreu no mês de abril e maio de 2024, incluindo os artigos originais disponíveis na íntegra, nas bases de dados LILACS, MEDLINE e SciElo, com recorte dos últimos dez anos (2014-2024), em todos os idiomas disponíveis, utilizando os descritores “Cross infection”, “Intensive care, neonatal”. Excluídos estudos duplicados e que não respondiam à pergunta norteadora “Quais os principais agentes causadores de infecções relacionadas à assistência a saúde estão presentes na terapia intensiva neonatal?”. Os dados foram categorizados para posterior análise descritiva.

Resultados e Conclusão

Dos 117 artigos rastreados, 10 atenderam os critérios de inclusão, 3 de origem nacional e 7 internacionais. Quanto ao tipo de estudo, 6 eram retrospectivos (54,54%), 2 prospectivos (18,18%), e 2 transversais (18,18%). Os testes estatísticos mais utilizados: qui-quadrado, testes exatos de Fisher e regressão logística. Foram evidenciadas 15 espécies de agentes etiológicos, entre vírus, bactérias e fungos, citados 52 vezes entre os artigos. Os agentes etiológicos mais citados foram Staphylococcus sp., 14 (26,92%), Klebsiella sp., 8 (15,38%), Escherichia coli, 6 (11,53%) e Streptococcus sp., 4 (7,69%). Os demais agentes identificados, Acinetobacter baumanii (4), Enterococcus sp. (2), Pseudomonas sp. (3), Serratia marcescens (3), Candida sp., (2), Enterobacter sp. (2), Elisabethkingia meningoseptica (1), Haemophilus influenzae (1), Proteus mirabilis (1), e Raoultella ornithinolytica (1), corresponderam a 38,46% da amostra (20). Evidenciar os principais agentes infecciosos ajuda na adoção de medidas de prevenção, monitoramento e tratamento adequado.

Palavras Chave

infecção hospitalar; Tratamento Intensivo Neonatal; Revisão Sistemática.

Área

Eixo 16 | Infecções relacionadas à assistência à saúde

Prêmio Jovem Pesquisador

4.Não desejo concorrer

Autores

Láisa Rebecca Sousa Carvalho, Alana Gabriela de Araújo Passos, Cinthia Karolina da Silva Oliveira, Letícia Graziela Lopes França Sousa, Mylena Cardoso Sales, Suzy Romere Silva de Alencar, Alan Carvalho Leandro