Dados do Trabalho

Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR EM UM MUNICÍPIO NA AMAZÔNIA BRASILEIRA

Introdução

O norte brasileiro desponta negativamente como tendo uma alta incidência desses tipos de doenças, com ênfase nos municípios mais interiorizados onde a situação de pobreza e precariedade da salubridade ambiental se acentuam. Localizado na Amazônia, o município de Tucuruí, instalado no sudeste do Pará, possui uma área total urbanizada de 20,57km2 e uma população estimada em 116.605 habitantes no ano de 2021 de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e se trata de uma área que é atingida por estas condições. 

Objetivo (s)

Traçar um perfil epidemiológico dos casos de leishmaniose tegumentar de 2018 a 2022.

Material e Métodos

Trata-se de estudo quantitativo, transversal, descritivo e utilizará dados secundários extraídos do site de Informações de Saúde (TABNET) do Departamento do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A população do estudo é composta por 154 casos notificados confirmados de Leishmaniose tegumentar em Tucuruí, os participantes inclusos na pesquisa são pessoas do sexo feminino e masculino, independente da idade, que tiveram seu diagnóstico confirmado da doença no período delimitado anteriormente. As variáveis consideradas foram: anos, número de casos, sexo, raça e tipos de lesão, seguido da realização de analise descritiva (com soma, media, mediana, variância, mínimo, máximo e desvio padrão) e a aplicação do Teste de correlação de Pearson, realizado para identificar se existe a relação entre o número de casos e as demais variáveis e todas as analises supramencionadas foram realizadas no Jamovi. A presente pesquisa utilizou bancos de dados secundários, cujas informações são agregadas, sem possibilidade de identificação individual, não necessitando de aprovação do comitê de ética e pesquisa (Resolução nº. 466/12).

Resultados e Conclusão

Foi observado o registro de 154 casos, sendo 31 casos no ano de 2018, 24 casos em 2019, 30 casos em 2020,  25 casos em 2021 e 44 casos em 2022. O sexo predominante foi o masculino com 135 casos e 19 casos do sexo feminino.  Quanto a variável raça, a análise evidenciou a raça parda com maior número de casos (48 casos). A análise entre os tipos de lesão da LT mostra 64 casos da forma clínica cutânea. Conclui-se que o perfil epidemiológico de LT foi de indivíduos masculinos, raça parda e forma clínica cutânea, fortalecendo a hipótese de exposição aos fatores de risco de forma acentuada pela ocupação profissional. Os resultados apresentados nesse estudo poderão servir de referência para novas pesquisas e contribuir com o planejamento de políticas públicas articuladas.

Palavras Chave

leishmaniose; Epidemiologia; Amazônia; Doenças