Dados do Trabalho

Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE GESTANTES COM SÍFILIS, HIV E COINFECÇÃO SÍFILIS/HIV EM UMA REGIONAL DE SAÚDE DO MARANHÃO, BRASIL

Introdução

As infecções sexualmente transmissíveis (IST) são consideradas um problema de saúde pública e estão entre as patologias transmissíveis mais comuns e estão associadas a abortos espontâneos, parto prematuro, baixo peso ao nascer e natimortos. Em virtude das dificuldades na assistência à saúde e fragilidades no sistema de notificação em gestantes, o presente estudo endossa a necessidade da realização de um levantamento de dados a fim de conhecer a realidade sociodemográfica e distribuição dos casos dessas IST nos últimos dez anos em uma unidade de saúde do sudoeste do Maranhão.     

Objetivo (s)

O objetivo dessa pesquisa, foi descrever as características epidemiológicas das gestantes com Sífilis, HIV e da coinfecção Sífilis/HIV na Regional de Saúde de Imperatriz-MA.

Material e Métodos

Trata-se de uma pesquisa retrospectiva, descritiva e de abordagem quantitativa, realizado sobre a população de gestantes com infecção por Sífilis, HIV e com coinfecção Sífilis/HIV notificadas na Regional de Saúde de Imperatriz-MA, notificadas entre janeiro de 2012 e dezembro de 2022. Os foram obtidos a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e as variáveis clinicas-epidemiológicas estudadas: idade; raça/cor; escolaridade; pré natal; momento do diagnostico; realizou o tratamento da Sífilis; parceiro tratado; fez uso de profilaxia antirretroviral durante o parto; forma clínica da Sífilis; Desfecho da gestação. A pesquisa foi aprovada pelo CEP/UFMA pelo parecer nº 3.255.806. 

Resultados e Conclusão

Foram notificadas 1.439 gestantes com Sífilis, 418 notificadas para HIV e 26 com a coinfecção Sífilis/HIV. Esta última, apresentou prevalência de 1,4%. As gestantes apresentaram faixa etária jovem, raça/cor não branca e baixo nível de escolaridade. A maioria realizou pré natal, porém cerca de 10% tiveram diagnóstico de Sífilis e|ou HIV no momento parto. A grande maioria dos parceiros não foram tratados e observou-se desfechos desfavoráveis, como óbitos e natimorto.  As gestantes apresentaram características clinico-epidemiológicas comuns que as colocam em maior vulnerabilidade de contrair uma IST. A assistência ao pré natal, segura e qualificada, principalmente na oferta de diagnóstico precoce são de extrema importância para reduzir os riscos de transmissão vertical nas IST abordadas. Notou-se grande dificuldade na extração dos dados de coinfecção e a prevalência encontrada mostrou a necessidade de manutenção de Políticas Públicas de Saúde para o controle dos agravos.

Palavras Chave

Gestante; Sífilis; Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV); coinfecção.