Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DO PERFIL DA CHIKUNGUNYA EM BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS, DE 2019 A 2023

Introdução

A Chikungunya, uma arbovirose de grande prevalência, é transmitida pela picada das fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Os principais sintomas são: febre alta, cefaleia, artralgia intensa e artrite, com potencial de cronicidade. Assim, devido a sua importância clínica, é preciso conhecer a epidemiologia da virose a fim de compreender os mecanismos de desenvolvimento da doença e evolução clínica e, então, reduzir sua incidência.

Objetivo (s)

Detalhar o perfil epidemiológico dos casos de Febre de Chikungunya (FC) no município de Belo Horizonte, Minas Gerais, de 2019 a 2023.

Material e Métodos

Estudo ecológico, transversal, com dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) de casos notificados (CN) de FC entre 2019 e 2023 dos indivíduos residentes em Belo Horizonte (BH) – MG, por meio dos descritores: sexo, faixa etária, mês e ano de notificação, casos autóctones, casos importados e de origem indefinida. A coleta de dados foi feita em abril de 2024, estes sujeitos à revisão.   

Resultados e Conclusão

Segundo o SINAN, são 8811 CN de FC em BH de 2019 a 2023, com 71,2% (n=6269) confirmados. Do total de casos, ocorreram 9 óbitos, sendo 2 pela FC. Houve predomínio de CN do sexo feminino com 62,5% (n=5504). A maioria dos CN estão na faixa etária de 20 a 39 anos, intervalo esse que acumula 75,7% (n=115) dos CN em 2020. 89,3% (n=7872) das notificações são de 2023 e o segundo ano com maior número de CN no período foi 2019, com 4,3% dos casos (n=377). Abril e maio são os meses com mais CN - (55,9% do total), exceto em 2020 – quando janeiro e março sobressaíram. Porém, dados da PBH mostram apenas 6276 CN, sendo 92,94% confirmados (n=5789). 52,24% são autóctones (n=3024) e 47,4% (n=2743) têm origem indefinida. A PBH não fornece informações por sexo e por faixa etária como o SINAN. A partir dos dados, nota-se um aumento significativo da incidência de FC em 2023. Portanto, tal fato, associado ao maior conjunto de casos autóctones, evidencia a relevância de medidas de combate aos vetores da doença, o que é dificultado pela diferença de informações fornecidas pelas plataformas de consulta e pela impossibilidade de acessar dados específicos em uma delas. Logo, esses são entraves para o estudo epidemiológico eficaz e para a criação de um alvo para medidas de saúde adequadas.  

Palavras Chave

Febre de Chikungunya; Epidemiologia; Saúde Pública

Área

Eixo 08 | Arboviroses humanas e veterinárias

Prêmio Jovem Pesquisador

4.Não desejo concorrer

Autores

Lucas Araújo Vaz, Andréia Patrícia Gomes, Marcelo Vieira Filho, Antônia Gotti Cestaro, Letícia Tavares Ribeiro, Renan do Carmo Lopes, Leidiane Clotilde Ferreira