Dados do Trabalho


Título

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DO VÍRUS DA FEBRE DO NILO OCIDENTAL EM AVES, MOSQUITOS E EQUÍDEOS NO ESTADO DO PIAUÍ, BRASIL

Introdução

Introdução: O ciclo do vírus da Febre do Nilo Ocidental (VNO) envolve aves e mosquitos; humanos e equídeos são hospedeiros terminais. Em 2014 confirmou-se o primeiro caso humano do país, no Piauí.

Objetivo (s)

Objetivo: Investigar a presença do VNO em aves, mosquitos e equídeos em municípios do Piauí.

Material e Métodos

Materiais e métodos: Seguindo recomendações do Ministério da Saúde, foram amostrados os municípios de: Água Branca, Amarante, Barro Duro, Bom Jesus, Buriti dos Montes, Juazeiro, Lagoa Alegre, Parnaíba, Piripiri, Teresina e Valença (todos com casos humanos ou mortalidade de aves), onde: 1) coleta de aves: foram capturadas em redes de neblina, sendo coletados 500 µL de sangue de cada, soltas após identificação; 2) coleta de mosquitos: capturados em armadilhas de luz e puçá, armazenados em microtubos até identificação e criação de pools; 3) coleta de equídeos: foram coletados 20ml de sangue de cada, liberados após coleta. Todas as amostras foram refrigeradas em nitrogênio líquido até processamento laboratorial. As coletas receberam aprovação do Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade (nº 632225) e do Comitê de Ética em Pesquisa Animal da Universidade Federal do Piauí (nº 655-2020). A extração do RNA viral foi feita em kit comercial, seguindo recomendações do fabricante; submetidos a transcrição reversa e reação em cadeia da polimerase (convencional), com primers específicos para VNO.

Resultados e Conclusão

Resultados: Foram coletadas 2.690 amostras (636 aves, pertencentes a 99 espécies; 420 equídeos, e 1.650 mosquitos, agrupados em 346 pools, totalizando 18 espécies. As famílias de aves mais amostradas foram: Thraupidae (24,69%; n=157), Phasianidae (11,79%; n=75) e Columbidae (11,79%; n=75); dentre os equídeos: 76,67% (n= 322) eram equinos, 9,76% (n= 41) asininos, e 5,71% (n=24) muares. Todos os pools de mosquitos pertenciam a família Culicidae, sendo Culex (47,40%, n=164), Mansonia (20,81%; n=72) e Coquillettidia (9,25%; n=32) os gêneros predominantes. Conclusão: Nenhuma amostra apresentou resultado positivo, corroborando com estudos que mostram a dificuldade de detecção molecular do VNO em animais hígidos, o que pode justificar a não detecção; além do diagnóstico tardio em humanos. Assim, recomendamos: investigação de casos sem confirmação laboratorial, vigilância sorológica de aves e equídeos em pontos com diagnóstico tardio em humanos, além do monitoramento em áreas estratégicas; melhorias na vigilância de epizootias e na utilização dos sistemas oficiais de notificação.

Palavras Chave

Arboviroses; Epizootias; Flavivírus; Vigilância Epidemiológica

Área

Eixo 08 | Arboviroses humanas e veterinárias

Prêmio Jovem Pesquisador

2.Concorrer na categoria - Mestrado

Autores

Osmaikon Lisboa Lobato, Tayná da Silva Nogueira, André Assunção dos Santos, Amanda Maria Barbosa de Sousa, Luiz Carlos Junior Alcantara, William Marciel de Sousa, José Luiz Proença-Módena, Silvia de Araújo França Baêta, Silvana Maria Medeiros de Sousa Silva, Sharon L. Deem, Lilian Silva Catenacci