Dados do Trabalho


Título

CIRCULAÇÃO SILENCIOSA DE ARBOVÍRUS ZOONÓTICOS EM EQUÍDEOS NO PIAUÍ, NORDESTE, BRASIL

Introdução

Introdução: No ano de 2014, no Estado do Piauí, a reemergência do vírus do Nilo Ocidental (VNO) no Brasil foi evidenciada pela notificação do primeiro caso antropozoonótico de febre do Nilo Ocidental ocasionando encefalite viral aguda grave. Dessa forma, buscou-se analisar o papel sentinela dos equídeos na vigilância de FNO e a prevalência de outros arbovírus no Piauí.

Objetivo (s)

Objetivo: Avaliar a prevalência de anticorpos totais para arbovírus em equídeos no Estado do Piauí – Brasil, no período de 2019 a 2021.

Material e Métodos

Material e Métodos: Para tal, 377 animais de 8 municípios do Estado com casos confirmados de FNO zoonótica foram submetidos à pesquisa de anticorpos totais (IgM e IgG) para 16 arbovírus dentre os gêneros Orthobunyavirus, Orthoflavivirus, Phlebovirus e Alphavirus pelo teste de Inibição da Hemaglutinação (IH). Sob aprovação do CEUA/UFPI, protocolo SISGEN A04909D/605/19. Houve realização de inquérito epidemiológico objetivando-se avaliar a associação entre as variáveis, além de Odds ratio. A estatística foi realizada com auxílio do software R (versão 3.6.1) - análises uni e multivariadas (p<0,05; IC 95%).

Resultados e Conclusão

Resultados e Conclusão: A prevalência de anticorpos totais foi igual a 75,86%. Os gêneros mais prevalentes foram: Orthoflavivirus 63,92%, Orthobunyavirus 47,74% e Alphavirus 43,50%. Reações monotípicas (16,43%) e heterotípicas (2,09%) foram encontradas para Orthoflavivirus ilheusense, Orthoflavivirus louisense, Rocio virus, Eastern equine encephalitis virus, Orthobunyavirus maguariense, Orthobunyavirus tacaiumaense, Orthobunyavirus caraparuense. Não houve reação monotípica para Orthoflavivirus nilense. No entanto, houve reações heterotípicas entre O. nilense, O. ilheusense, O. louisense e Rocio virus. As análises uni e multivariadas mostraram que os potros apresentam menor risco de exposição para os arbovírus investigados, ao passo que a espécie equina foi a que apresentou maior fator de risco à infecção. Orthobunyavirus e Alphavirus apresentaram o mesmo padrão. A análise univariada para Orthoflavivirus mostrou fator de proteção para potros; em contrapartida, mostrou fator de risco para equídeos que vivem em região de clima tropical com estação seca de inverno (AW). Esse estudo é o primeiro relato da circulação de arbovírus em comunidades equídeas no Piauí e no Nordeste brasileiro. No entanto, estudos pautados em métodos com maior especificidade para VNO devem ser realizados para confirmar a circulação viral.

Palavras Chave

West Nile virus; zoonose; Vigilância Epidemiológica; Sorologia; Arboviroses

Área

Eixo 08 | Arboviroses humanas e veterinárias

Prêmio Jovem Pesquisador

4.Não desejo concorrer

Autores

André Assunção dos Santos, Osmaikon Lisboa Lobato, Sandy Kelly Souza Marques da Silva, Bruno Rodrigues Oliveira, Gabriel Almeida de Oliveira Bezerra, Rafael Barbosa da Silva, Milene Silveira Ferreira, Lívia Caricio Martins, Anaiá da Paixão Sevá, Sharon L. Deem, Lilian Silva Catenacci