Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE OROPOUCHE NO ESTADO DE RONDÔNIA EM 2024

Introdução

A Febre do Oropouche é uma arbovirose causada pelo vírus Oropouche (OROV), que pertence à família Peribunyaviridae e ao gênero Orthobunyavirus. Esse agravo pode ser confundido com a dengue por apresentar sintomas similares como febre aguda, calafrios, mialgia, náusea, dores de cabeça e nas articulações, e em alguns quadros erupções cutâneas. O OROV tem sua circulação principalmente em áreas de florestas, com casos principalmente na região Amazônica, e tem se destacado pela surtos como possibilidade de adaptação e ocorrência de ciclos de transmissão em áreas urbanas. Nesse contexto, o estado de Rondônia, composto por 52 municípios, têm presenciado casos recentes de Oropouche, demonstrando a reemergência da arbovirose no estado, portanto o objetivo do presente estudo foi avaliar a distribuição dos casos desse agravo na região.

Objetivo (s)

Avaliar o perfil da Febre Oropuche no estado de Rondônia.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico a partir da análise de dados dos casos diagnosticados no LACEN RO. Os dados analisados no presente estudo compreendem o período de janeiro a maio de 2024 e foi utilizada a estatística descritiva para exploração dos dados sobre o total de casos e sua distribuição considerando a faixa etária e sexo.

Resultados e Conclusão

Foram avaliados 3.767 exames provenientes de 40 municípios de Rondônia, no qual foram observados 1.217 casos positivos (32%) para Oropouche em 36 municípios. Os municípios com maior número de casos foram Ariquemes (166 casos), Costa Marques (140) e Cerejeiras (100). Com relação à taxa de incidência, observou-se que Cabixi, Cerejeiras, Costa Marques e Pimenteiras do Oeste apresentaram taxa de 5 a 10 casos a cada 1.000 habitantes. Com relação à faixa etária observou-se na faixa <18 anos (165 casos - 13,6%), faixa de 18 a 30 (342 - 28,1%), faixa de 31 a 59 anos (576 - 47,3%) e faixa ≥60 anos (134 - 11%). O sexo mais afetado foi o masculino (644 casos – 53%) em relação ao feminino (573 – 47%). Dentre os meses avaliados março teve maior frequência (573 casos – 47,1%), seguido de fevereiro (425 casos – 35%), abril (152 – 12,5%), janeiro (65 – 5,3) e maio (2 casos – 0,1%).Os casos positivos para OROV foram observados em todas as regiões do estado, demonstrando a importância da vigilância laboratorial e atuação da vigilância epidemiológica, principalmente nas regiões de surto. Os dados apresentados demonstram uma maior atenção aos municípios de Cabixi, Cerejeiras, Costa Marques e Pimenteiras do Oeste, que obtiveram uma maior incidência de casos.  

Palavras Chave

OROV; Epidemiologia; surto; Amazônia Brasileira

Área

Eixo 08 | Arboviroses humanas e veterinárias

Prêmio Jovem Pesquisador

4.Não desejo concorrer

Autores

Glaucilene da Silva Costa, Edivá Basilio da Silva Filho, Alcione Oliveira Santos, Cicileia Correia da Silva, Aline Linhares Ferreira Mendonça Melo, Celina Aparecida Bertoni Lugtenburg, Moreno Magalhaes Sousa Rodrigues, Antonio MArques Pereira Junior, Felipe Gomes Naveca, Cristiane Batista MAttos